terça-feira, 28 de setembro de 2010

Genro e sogra - e o namoradinho (Parte II)


Para ver a Parte I, clique aqui.

(Era um jantar para a reconciliação de David e sua sogra, Esperança. Mas depois de alguns acontecimentos _ principalmente, dona Esperança ter levado um antigo namorado de sua filha _ o jantar não tinha mais aquela finalidade. Era a disputa entre genro e sogra.)

(David contava um histórica sobre um operário da fábrica onde trabalha.)


DAVID: Pois é! (ele olhava fixo nos olhos da sogra) Ele entrou com um processo com a fábrica, mas… não conseguiu indenização. Mas ele já está perdendo as esperanças. Nem sempre a Esperança é a última que morre.

(Momento de tensão)

ESPERANÇA: Que… pena. Não é mesmo.

DORACI: Vamos mudar de assunto, então. Pois é! Eu ia falar sobre… sobre… sobre o quê, mesmo, Juliano?

JULIANO: Sobre… sobre… hemorróidas. Eu queria tirar algumas dúvidas com o dr. Carlos.

(Para a (in)felicidade de todos, o dr. Carlos explicou sobre os sintomas e sobre o tratamento de doenças hemorroidárias.)

JULIANO: Que… interessante.

DORACI: Um assunto ótimo para depois do jantar, Juliano.

(O clima tenso ainda não tinha passado.)

ESPERANÇA: Falando sobre doenças… Lembro-me da vez que David teve micoses.

DORACI: (reprimindo) Mamãe!

ESPERANÇA: Era uma coisa horrorosa. O David é muito burro e deixou uma mancha preta daqui da virilha até o meio da coxa aqui, ó. (Ela fazia gestos.) Uma coisa nojenta, sabe, dr. Carlos.

CARLOS HENRIQUE: (nem um pouco a vontade.) Hum…

ESPERANÇA: E foi ficando aquela pereba, aquele trem estranho. Tava até preto quando ele foi no hospital vê se tinha alguma salvação. Se fosse um médico mais inexperiente tinha mandado amputar a perna do David.

DAVID: Nossa, mas a senhora entende muito de medicina, hein, dona Esperança.

ESPERANÇA: Mais do que você entende sobre culinária.

DAVID: Eu entendo mais de culinária do que a senhora de homem.

ESPERANÇA: Tá me chamando de encalhada?

DAVID: Não. De abandonada.

ESPERANÇA: Argh! Mas eu entendo mais de medicina, culinária e homem do que você entende sobre a felicidade da minha filha.

(Silêncio. Silêncio constrangedor.)

DAVID: Peraí! Como é que a senhora sabe que eu tinha micose na virilha?

(Todos acharam que era melhor o jantar terminar por ali.)

domingo, 26 de setembro de 2010

Genro e sogra - e o namoradinho (Parte I)


(Doraci mais uma vez resolve dar um jantar. Depois do último incidente, Doraci queria que sua mãe, dona Esperança, e seu marido, David, se dessem bem. Mas dessa vez resolveu chamar mais gente. Juliano, amigo de David, não podia faltar. E tinha outros amigos do casal. Assim, talvez, dona Esperança fosse um pouco mais educada e mais tolerante.)

(A campainha tocou. David abriu. Era dona Esperança.)

ESPERANÇA: (com sua voz esganiçada) Oh! É você, David.

(Os dois se cumprimentam da maneira mais seca que existe. Dona Esperança se vira e dá espaço para um homem alto e loiro.)

DAVID: Nossa, dona Esperança! Arranjou um namorado?

ESPERANÇA: Esse não é meu namorado. Esse é o namoradinho da Doraci.

DAVID: Namoradinho da Doraci?! Mas a Doraci é casada comigo.

ESPERANÇA: Isso é detalhe. Largue de ser mal-educado, David, e cumprimente meu convidado. (Vira-se para o loiro.) Carlos Henrique, esse é o… David. Ele não é nada meu.


CARLOS HENRIQUE: Prazer em conhecê-lo. (Sua voz tremia as paredes.)

(Dona Esperança entrou e apresentou Carlos Henrique para todos os convidados. David foi procurar Juliano.)
DAVID: Velha desgraçada, essa dona Esperança.

JULIANO: Que que ela fez dessa vez, cara?

DAVID: Trouxe um namoradinho da Doraci. Meu Deus! Deve que a Doraci nem lembra quem é esse homem.

(O jantar foi servido. Todos estavam reunidos na sala. Estavam todos alegres e conversavam sobre situações engraçadas.)

DAVID: Eu lembro da vez que um travesti enganou o Juliano direitinho.

JULIANO: (rindo.) Nossa, David! Mas você é foda, mesmo, hein! Toda vez tem que contar essa história.

DAVID: Ai, ai! Eu ri demais.

JULIANO: Depois que passa é engraçado, mas eu passei um aperto.

(Não se sabe de onde isso começou, mas todos agora conversavam sobre doenças.)
CARLOS HENRIQUE: Já participei de várias conferências sobre AIDS. É um assunto muito sério. É um tema que deve ser tratado com todo o cuidado. Fui a vários países do mundo que tem ótimos programas de prevenção…

DAVID: (interrompe) Lembrei agora daquele caso que eu achei uma lagartixa dentro da máquina de lavar roupa.

JULIANO: (rindo) Nossa! É mesmo.

ESPERANÇA: Calem-se, vocês dois. Deixem o Carlos Henrique terminar.

(Todos prestavam atenção às histórias do Carlos na Ásia, na Europa e na África.)
ESPERANÇA: (alegre) Você é um homem muito vivido, né, Carlos! (vira-se para David) E você, não tem nenhuma história da fábrica para nos contar? Tenho certeza que existem muitas situações inusitadas com os peões, seus colegas.

(Silêncio. Silêncio constrangedor.)

DAVID: (respirando fundo) Sim, dona Esperança. Um dos peões da fábrica já perdeu a mão, coitado, numa das máquinas de lá.

ESPERANÇA: Nossa, coitado.

DAVID: Pois é! (ele olhava fixo nos olhos dela) Ele entrou com um processo com a fábrica, mas… não conseguiu indenização. Mas ele já está perdendo as esperanças. Nem sempre a Esperança é a última que morre.

(Momento de tensão)

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Socorro!

Precisava dar uma justificativa pela minha falta de mais de uma semana aqui no meu blog. Pois é! OS VESTIBULARES ESTÃO CHEGANDO e nesse ritmo de estudos eu não tô tendo muita inspiração.

Na verdade, tenho várias ideias: escrevo-as numa folha de papel amarelo que tem aqui em casa e depois vou traduzir essas ideias em palavras e passar pro computador.

Mas até o final dessa semana vai ter post novo aqui no "Atrás do Horizonte."

Boa sorte pra mim!

sábado, 11 de setembro de 2010

Coletânea de Pensamentos do "Café e Pipoca"


Abraham Lincoln: “É melhor calar-se e deixar que as pessoas pensem que você é tolo, do que falar e acabar com a dúvida.”

Albert Einstein: “Se as pessoas são boas só por temerem o castigo e almejarem uma recompensa, então realmente somos um grupo muito desprezível.”

Leonardo Da Vinci: “Assim como o ferro sem exercício se oxida, assim com a água se putrefaz e no frio gela, assim também a mente humana não exercitada se arruína.”

Walt Disney: “Se você pode sonhar você pode fazer.”

Friedrich Schiller: “Não é carne nem o sangue, é o coração que nos faz pais e filhos.”

Bill Gates: “É claro que meus filhos terão computadores, mas antes terão livros.”

Bob Marley: “O reggae não é para ouvir, é para sentir.”

Aristóteles: “A natureza tem para tudo o seu objetivo.”

Francis Bacon: “Em geral o caminho mais curto é o mais turvo.”

Arthur van Schendel: "A única amizade que vale é a que nasceu sem razão."

domingo, 5 de setembro de 2010

O cliente sempre tem razão

Oi! Meu nome é Beto e tenho esse espaço no blog para falar sobre o cotidiano atrás de um balcão. Quantas coisas eu já passei com essas pessoas que vão e que vem! E eu sempre aqui: atrás do balcão.

Desde os quinze anos eu trabalho com pessoas. Eu comecei num bar que não era grande coisa, mas já estive em situações melhores. Depois de muitos anos de experiência — nove —, não tem como não fazer uma crítica sobre o que eu vejo pelos comércios da cidade.

É como quando você aprende alguma coisa e depois resolve fazer crítica de tudo que vê. Bolo de aniversário, teatro, música, dança, biscuit, convite de casamento… Vender também é uma arte.

Num dia como outro qualquer eu fui a uma padaria perto da minha casa comprar alguns pães. Não era o melhor pão da cidade, mas por falta de opção…

Entrei e tinha uma mocinha do lado de dentro do balcão conversando efusivamente com uma senhorinha — de novo, as senhorinhas. Eu não estava entendendo muito bem o que elas diziam, mas deu pra perceber que falavam muito alto.

Cheguei perto para ser o próximo a ser atendido e percebi que as duas estavam discutindo. A atendente estava que era uma loucura: xingava a velhinha de um jeito que eu nunca tinha visto ninguém xingar. Ainda mais uma pessoa daquela idade.

— Vai tomar no ¢*, sua velha chata. Vai pra p%*# que te pariu.


Jesus, Maria e José! Eu não estava conseguindo nem ouvir a voz da velhinha. Eu não saberia contar agora o que ela estava dizendo: se estava pedindo desculpa, chorando ou revidando os palavrões.

E a atendente “tava que tava”. Mostrava a língua, o dedo do meio enquanto mandava a senhorinha pr’os lugares onde eu nunca mandei ninguém. Claro que de vez em quando sai um “Vai pro inferno”, mas isso era fraco perto do que a moça fazia com a cliente.

— Vai dar o ¢* na esquina.

A velha virou as costas e saiu. Enquanto isso, a atendente fazia gestos obscenos para a mulher.

Já vai tarde. Vá para o diabo que a carregue. Tomara que um caminhão te pegue na esquina.

Jesus amado! Eu acho que ela percebeu que eu estava com os olhos arregalados. Eu realmente estava com medo. Se eu falasse alguma coisa errada, ela ia me atacar.

— Mas esse pão tá preto demais.

— Vai tomar no ¢*.

Eu estava meio paralisado.

A moça, enfim, suspirou como se tivesse jogado uma caixa pesada no chão.

— É fogo, viu! — Ela falou. — Essa velha é chata demais.

Eu dei um risinho.

— Eu sei como é que são essas coisas.

Ela sorriu.

— Então… o que vai querer?

Saí correndo depois que ela me arrumou os pães. Eu fico pensando quanto tempo aquela moça deve ter aguentado naquele serviço depois da briga com a velhinha. Isso mesmo! Ela era empregada.

Ela tinha muita coisa para aprender sobre a arte de vender. E a primeira lição é: O cliente sempre tem razão.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Harry Potter e as Relíquias da Morte

Estou super-hiper-mega ansioso para a estréia de "Harry Potter 7: Parte 1". Então, sempre estou buscando novas informações, imagens e trailers.


Abaixo, uma amostra das minhas pesquisas.
















Tenho certeza que todos os fãs de Harry Potter já assistiram ao trailer, mas não custa nada deixar o link: Trailer de Harry Potter e as Relíquias da Morte