segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

100 palavras para se lembrar de 2012

[ou para esquecer; depende do ponto de vista e do seu bom humor]


Fim do mundo

Luís Felipe Scolari

Para nossa alegria

Olimpíadas de Londres

Tufão

Madonna

Louis Vettel

Carminha

One Direction

#OiOiOi

Cotas nas Universidades

The Voice Brasil

O Artista

Michael Phelps

Eleições Municipais

Whitney Houston

Carrossel

Hebe Camargo

Goleiro Bruno

Lady Gaga

Gina Indelicada

Hugo Cabret

Furacão Sandy

Mensalão

Eric Hobsbawn

O Hobbit

Maias

Barack Obama

Rio +20

Oscar Niemeyer

Babi Rossi

Eu quero ver tu me chamar de amendoim

Titanic

Veja

Xingu

Gangnam Style

Ai, se eu te pego

Empreguetes

Egito

Carlinhos Cachoeira

Corinthians

Eu vou lhe usar!

sábado, 8 de dezembro de 2012

Tempo irreal


"Tem gente enganando a gente
Veja nossa vida como está"
Renato Russo

O mundo mudou; os avanços tecnológicos correm além do que nossas pernas podem acompanhar e a quantidade de novidades que vemos em um ano é maior do que as que duas gerações de uma família viam há duzentos anos.

Transportamo-nos para um mundo paralelo, irreal; estamos imersos em terras virtuais desconhecidas durante a maior parte dos nossos dias. E vivemos nesse mundo contraditório, onde as distâncias físicas estão cada vez menores e cada vez maiores. Mantemos contato com pessoas do outro lado do planeta através da rede computadores, ao mesmo tempo em que não conhecemos nosso vizinho de porta, não sabemos o nome do moço da padaria; não sabemos nem mesmo a preocupação das pessoas com as quais moramos na mesma casa. E depois nos perguntamos a causa das depressões, das tristezas, da carência...

Nessa última semana, na faculdade, discutíamos sobre a velocidade das inovações tecnológicas e como, depois de pouquíssimos anos, tornamo-nos completamente dependentes delas. Não conseguimos passar um final de semana sem energia elétrica: sim, conseguimos sobreviver sem televisão e computador durante dois dias, mas não gostamos do banho frio e não conseguimos viver sem as inúmeras funções de uma geladeira. Essa última, tomo-a como o centro da casa.

Nosso professor nos perguntou o que fazíamos antes do Facebook. Orkut, nós respondemos de imediato, rindo. E antes do Orkut?, ele perguntou. E minha mente começou a divagar. Uau, vivo em redes sociais há seis anos e... nem me lembro de quem eu era antes delas. Com um pouco de esforço eu me lembrei:

Eu via mais televisão na sala sentado ao lado dos meus pais e dos meus irmãos, brincava mais, andava mais e lia mais. Eu lia mais, escrevia mais, sonhava mais. Não vivia mergulhado nesse território virtual durante horas como acontece hoje em dia. Eu pensava mais sobre meu futuro e, mesmo sendo uma criança, eu pensava mais sobre meus sentimentos, sobre o mundo, sobre as pessoas... Eu lia mais. E eu sempre estou me perguntando: por que eu não tenho mais tempo para ler? E eu lia mais. Conversava mais. Talvez eu fosse mais feliz.

Talvez eu fosse uma pessoa mais real... Talvez meus sentimentos fossem mais reais, menos virtuais...

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Em Preto e Branco

Olá, pessoas!

Agora que eu decidi me desligar do meu outro blog (aquele que eu tinha me colocado à disposição para comentários sobre artes e tals), esse aqui vai ficar diferente: agora que eu sei como é que a banda toca no Atrs.com, eu já me sinto seguro pra falar de cinema, música e televisão sem ser chato e bancar uma de intelectual fazendo reviews sem nenhuma experiência para tal: encaixar tudo aqui nesse quebra-cabeça que eu monto desde 2009.

Enfim... Para começar essa história toda, resolvi fazer mais uma dessas listas que eu amo fazer: listas que servem para satisfazer a minha necessidade de organizar tudo. Mas, de qualquer forma, servem de entretenimento, cabem no blog e fazem com que todos me conheçam mais um pouco: que são as funções de um blog.

Queria postar alguns clipes que eu gosto e resolvi fazer esse post com os melhores clipes em preto em branco. Para mim, é claro! Além disso, decidi que todos os clipes deveriam ser de cantoras do sexo feminino pra tudo ficar mais organizado.

Então, vamos ao... Tooooooooooop Five em Preto e Branco. Vai, vai, vai, tchan nan nan.

5º lugar: You're Still The One - Shania Twain


Essa é uma das músicas que eu aprendi a gostar com minha mãe. Eu encontrei esse clipe num desses DVDs "100 clipes de temas românticos dos anos 90", ou algo parecido, e me encantei. Eu já conhecia a música de outros tempos, tema da novela Corpo Dourado (uma das melhores trilhas sonoras com músicas que eu adoro do Paulo Ricardo e da Déborah Blando), mas o clipe era inédito pra mim. Sinceramente está na lista dos meus favoritos, mas ficou em 5º lugar por não ser preto e branco, e sim preto e escalas de azul. Diga Shania várias vezes seguidas: Shania, Shania, Shania... É engraçado.

4º lugar: You da One - Rihanna


Tudo bem, eu sei que o clipe não é totalmente em preto e branco, mas... regras são feitas para serem quebradas. Na verdade, eu nem sei porque eu as invento. Enfim... Esse clipe é do fim do ano passado e eu acho que foi um dos únicos que eu assisti na época da estreia (outros como Fergalicious, da Fergie, eu assisti muitos anos depois). Gosto dessa nova fase da Rihanna e, se ouvirmos músicas de alguns anos atrás, como Take a Bow e a insuportável Umbrella, é perceptível o crescimento que ela teve. E é muito sexual, sensual...

3º lugar: Back to Black - Amy Winehouse


Assim como Michael Jackson, eu só fui me interessar por Amy Winehouse depois de sua morte. Até aí eu só conhecia Rehab e olha lá. Mas numa madrugada, muitos meses atrás quando eu pesquisava sobre R&B, blues e afins, eu encontrei esse clipe e me apaixonei por seu visual, pela voz da Amy e pelo conjunto da obra. Continuo sem conhecer Amy Winehouse profundamente (se bem que eu conheço pouquíssimos artistas profundamente), mas Back to Black é minha música favorita.

2º lugar: Girl Gone Wild - Madonna


Como sobreviver? Sempre que eu vejo a Madonna, duas perguntas me veem automaticamente: como ela sobreviveu aos anos 80 e como uma senhora de 54 anos consegue fazer proezas que me deixaria entrevado numa cama? É estranho pensar que ela é apenas um pouco mais "jovem" que minha avó. Não conheço toda a discografia da Madonna e não conheço a sua evolução, mas é incontestável a qualidade da música (assim como do clipe) de Girl Gone Wild. Fãs da Lady Gaga acusaram-na de copiar o clipe de Alejandro, mas... queridos little monsters, enquanto a Gaga tenta ser polêmica, a Madonna já é apenas por respirar. Falta de serviço!

1º lugar: Dance for you - Beyoncé.


Eu não consigo imaginar uma artista mais completa que a Beyoncé. Ela ia ficar aqui no primeiro lugar de qualquer forma: primeiro por ser minha artista feminina internacional favorita e também por ser uma das que mais tem clipes em preto e branco: Ego, Diva, If I Were a Boy, Single Ladies, e mais um monte. Mas atualmente estou hipnotizado pelo clipe de Dance for you. Tenho o DVD Duplo e nunca parei para assistir aos clipes: só queria ver o show. Mas quando me deparei com essa obra de arte... Algum dia eu tentarei imitar diante do espelho.

Beijos, abraços e apertos de mão! Com a volta da minha rotina normal, penso que as coisas voltarão aos eixos aqui no blog também.

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Eu não entendo: funkeiros no ônibus


“E a maconha tá tendo
Balinha tá tendo
É droga pra caralho
Que os moleque tá vendendo.”
Tá tendo, MC Rodolfinho

Desde que me mudei para Uberlândia, eu adquiri um hábito que se encaixa perfeitamente no meu estilo de vida. Sempre que eu vou para alguma boate no centro da cidade, eu prefiro virar a noite na rua pra não precisar desembolsar dinheiro para o táxi: espero até às 5:30 da manhã, hora em que os ônibus começam a rodar, e pago R$1,56 (preço para estudantes) para voltar pra casa (diferente dos R$19 que eu pagaria para ir de táxi).

Foi o que eu fiz na manhã de ontem. Eram 6 horas da manhã quando eu subi num dos três ônibus que eu preciso pegar para chegar em casa. Sentado no fundão, ouvi um rapaz selecionando a música que ele deixaria reproduzindo no player do seu celular. Por algum motivo infernal, ele escolheu a música acima.

Por quê, mundo? Por que a pessoa não pode aproveitar a viagem de ônibus em silêncio? E por que esse indivíduo faz com que todos no ônibus sejam submetidos a essa tortura? O problema não é nem pelo gênero (inclusive, eu estava voltando de uma festa de funk), mas a falta de desconfiômetro, de senso, de noção desse sujeito que pensa que vive num mundo só dele.

Nessa hora eu já estava com minha bateria quase completamente descarregada: meus olhos se fechavam sem que eu percebesse. Nesse delírio, eu imaginei o seguinte diálogo:

— Moço, não tem como você abaixar o volume, não? Só um pouquinho. É que eu tô com dor de cabeça.

— Vá lá pra frente, maluco! Não vou abaixar porra nenhuma.

— Então, faz outro favor pra mim: bate essa sua cabeça oca no vidro e pula lá de fora com o ônibus em movimento.

No meu delírio, ele me obedecia; mas, na vida real, eu tenho certeza que ele teria me apagado ali mesmo.

Depois disso tudo, eu pensei em escrever um texto aqui no blog e comecei a me lembrar de algumas coisas que eu tinha visto na internet. Não vou expor minha opinião em palavras, mas vou mostrar o caminho das pedras para que vocês me acompanhem. Essa segunda parte é um pouco diferente do que os textos do Não entendo sempre pretenderam.

O primeiro vídeo é bem pequeno: é do professor Gil Brother. Ele é um personagem que eu já conheço há algum tempo e, no mês passado, acabei encontrando esse vídeo do seu canal Away. Dá o play ali embaixo pra gente ver junto.


Não estou aqui para falar de sua frase “Umas música que tem que ficar dentro de balada GLS”, mas sim do modo como ele pretende tratar os funkeiros (Outra opinião aqui). Confesso que ri muito no trecho entre 02:23 e 02:42. Acho o Gil Brother engraçadíssimo, mas... Bem, eu disse que eu não ia dizer o que eu pretendo mostrar. Vamos continuar!

Tenho a mania de ler os comentários nos vídeos do YouTube. E acabei encontrando essa preciosidade. Existem comentários bem piores, mas a importância desse é pela quantidade de pessoas que “deram joinha” nesse aí embaixo.



Que menino gente boa! E o que dizer do vídeo do Gil Brother agora? Nossa, mas o vídeo é uma coisa tão inocente, tão engraçado. Stand up! 

Mas acabamos de ver um comentário com 52 "curti" que..? Tempo para pensar!

Bem... E que tal a gente dar uma passadinha lá no R7 pra conferir umas notícias? Notícia contemporânea ao comentário do "pirikiteiro".


Quero me atentar a um pequeno trecho da notícia (Link da notícia): “Após o sepultamento, a mãe do estudante, Josefa Batista da Silva, falou sobre o filho, morto a tiros na quarta-feira (24). — Um garoto alegre, brincalhão, não fazia mal a ninguém. Foram fazer uma covardia dessa com meu filho.” Não sabemos se essa fala é real, mas é perfeitamente possível de ser. E o efeito dela é importantíssimo para o que eu quero dizer. Mesmo sem dizer!

Não quero falar sobre a importância dos variados gêneros no cenário cultural brasileiro (funk, sertanejo, rock, samba e tantos outros que sofrem preconceito por parte de quem não conhece), mas penso que as pessoas entram em contradição quando condenam alguma coisa, mas quando eles é que são as vítimas, ele me vem com a frase feita: “Tem que respeitar o gosto de cada um”.

Estou cansado de ouvir gente dizendo que quem ouve reggae usa droga, que rockeiro é violento, que sambista é vagabundo, que funkeiro é ignorante. Até quando?

Só sei que nada sei.

E, para terminar, o funkeiro do início da história, aquele que estava sentado do meu lado, dormiu (ênfase no dormiu) ouvindo sua música no celular. Dormiu tanto que não viu o ponto em que tinha que descer. Começou a esmurrar o amigo dele:

— Seu vacilão! Maluco! Vai tomar no cu! A porra do negócio ficou lá atrás. Seu vacilão. Vacilão.

Sinceramente, eu não sabia que as pessoas falavam “vacilão”.

Funkeiro no ônibus: eu também não entendo.