domingo, 27 de fevereiro de 2011

Yes, I can!

[o título ia ser "I will survive", mas eu achei que as pessoas poderiam pensar outra coisa do texto.]

Uma semana em Uberlândia! Incrivelmente, para a surpresa da nação brasileira, eu consegui sobreviver.

Uberlândia, uma cidade muitas vezes maior que a pacata (?) Patrocínio, parecia-me um bicho-de-sete-cabeças. Da mesma forma que os americanos sonham com Las Vegas, nós, de cidades pequenas, imaginávamos Uberlândia como uma capital do Triângulo Mineiro. Na verdade, até hoje eu imagino. Não sei porque usei o verbo no passado.

E só de pensar na possibilidade de morar em Uberlândia dava uma mistura de felicidade por estar num lugar diferente e cheio de oportunidades, mas muito medo. É que nem uma frase que eu ouvi quando eu era criança e nunca esqueci: "Nós gostamos do novo, mas temos medo dele."

Mas eu sobrevivi.

Agora, vamos deixar de filosofar e vamos para o que interessa, que é o que eu escrevo nesse blog. As minhas impressões sobre o lugar.

A primeira coisa é a liberdade: aqui parece que as pessoas não ficam me encarando e olhando a roupa que eu visto. Eu acho que cidade grande tem tanta coisa o que pensar que as pessoas estão pouco se lixando para a roupa que você está usando.

O shopping também é outra coisa, né. É outra cidade dentro de Uberlândia. Eu não tenho o costume de ir ao shopping porque em Patrocínio tem um, mas não tem nada lá. Complicado de explicar, né!

Mas eu gostei do clima do lugar. E mais uma vez cada um cuida da sua vida que é o melhor.

O terceiro item e o mais divertido são os transportes coletivos: os ônibus. Quem não tem senso de humor pode ser uma desgraça, mas, às vezes, eu me segurava pra não rir de tão engraçado que eram as situações.

No meu primeiro dia de ônibus, eu não pude subir nele. O negócio tava tão cheio que não cabia mais nenhuma alma. Entraram umas cinco pessoas que estavam no ponto de ônibus, mas o resto, incluindo eu, ficamos esperando pelo próximo. Depois, quando eu já tava nesse segundo eu tive que ir na escadinha ao lado do motorista. Uma loucura!

E ontem choveu, né! Aí, aquela coisa. Eu vi que tinha muita gente esperando o ônibus. Eu percebi que era o mesmo que eu esperava. Pensei: "Putz!"

Aí, entrou todo mundo. Demorou uns 10 minutos pra todo mundo se ajeitar. Foi quando o ônibus partiu.

Eu tava naquela situação "me passaram a mão na bunda e ainda não comi ninguém" e aquele Cheiro de Corpo (CC) ma-ra-vi-lho-so! Mas foi de boa.

Tô adorando e vou ter muito tempo pra descobrir mais algumas coisas que eu não conheço. Vai ser legal!

[Eu ia comentar sobre a UFU (Universidade Federal de Uberlândia), mas eu acho que merece um post exclusivo! rsrsrsrs]

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Na funerária com um chicote

Se alguém me perguntasse o motivo eu não saberia responder. Então... não me perguntem. Eu, Beto, fui trabalhar numa funerária. Isso mesmo!

O trabalho era até fácil. O meu patrão, o Sr. Elias, e outro funcionário eram os encarregados dos... presuntos. Eu ficava lá no balcão, onde é meu lugar, atendendo aos clientes que às vezes chegavam aos prantos pedindo por um terno de madeira. Quer dizer, um caixão.

Não era a coisa mais agradável de se fazer, mas... Eu não me lembro. Talvez o salário fosse bom demais para eu dispensar. Sim, o Sr. Elias ganhava muito. Claro! Todos os dias tem gente morrendo. Se abrirmos um comércio pensando no que as pessoas precisam todos os dias faremos dinheiro fácil fácil.

Um dia, então, o Sr. Elias precisou viajar. Seria uma viagem rápida. Lá pelas cinco da tarde ele estaria de volta.

Eu senti um calafrio quando eu fiquei sozinho naquela funerária fria, solitária, vazia...

— Não está vazia — eu disse em voz alta para me acalmar. — Está cheia de... caixões.

Era melhor eu ficar calado.

Eu estava mexendo em qualquer coisa. Quando me virei, havia um casal todo de preto às minhas costas. Eu dei um grito de susto e quase derrubei uma mesinha atrás de mim.

— P-pois não! — eu disse.

Foi difícil distinguir o sexo de cada um, mas eu posso fazer uma descrição deles. O homem era muito magro, tinha os cabelos grandes, nenhuma barba no rosto, os olhos pintados de lápis, uma roupa toda preta com correntes e caveiras penduradas. A mulher... a mulher era muito parecida. Peraí! Qual era mulher, mesmo?

— Queremos um caixão — um deles pediu.

Eu quase perguntei: “Pra qual dos dois?”.

— É... você tem... alguma preferência? Tamanho... material...

Bem grande! Precisa caber nós dois.

Jesus, Maria e José!

— Ahn?!

— É um fetiche nosso. Você sabe, né?

— Não. Não sei, não!

— A gente tem o fetiche de... fazer...

— Sexo dentro do caixão — a mulher completou. — A gente ia tentar o cemitério, mas ficamos com medo de sermos presos por violação de sepultura. É violação de sepultura, mesmo? Ah, sei lá! Não importa! E aí, gatinho, vai liberar pra gente?

Eu não sei do que eu fiquei com mais medo: se foi eles terem pensando em abrir uma sepultura para fazerem sexo dentro dela ou se foi ela me chamar de “gatinho”.

— Não seria melhor vocês... procurarem um motel?

— Você conhece algum motel que ofereça caixões?

— É... não, mas...

— A gente paga bem.

O homem tirou um maço de notas do bolso e me entregou. Eu senti que o capeta estava me tentando. Logo, eu me vi dizendo:

— É... De quanto tempo vocês precisam?

— Só uma meia horinha. Pra não poder prejudicar você com seu patrão.

Eu não quero nem saber de patrão.

— É... outra coisa: vocês querem que eu fique lá de fora, ou eu posso ficar nesse balcão aqui. Eu vou ficar de costas, vou colocar um fone no ouvido...

— Você pode até participar, se quiser — a mulher disse enquanto tirava um chicote da calça.

Eu sorri dizendo “Obrigado”.

Já estavam lá dentro há uns quinze minutos — O negócio tava bom! — quando o Sr. Elias apareceu lá na rua, descendo do seu carro.

— Por que essas coisas acontecem comigo, meu Deus?

O Sr. Elias entrou na funerária.

— Como foram as coisas na minha ausência?

— Ótimas! — eu disse empurrando o Sr. Elias para a rua. — Só apareceu um padre pra benzer a funerária. Ele está lá dentro, agora.

— Padre?!

— Pois é! Essas coisas são meio estranhas, né?

— Deixa eu conferir essa história.

— Espera!

Não deu pra segurar o Sr. Elias. Fiquei imaginando em que posição aqueles dois estariam agora. Deve que eles trouxeram, além do chicote, um machado e um maçarico.

— Cadê o padre? — o Sr. Elias perguntou. — Não tem ninguém aqui.

Eu olhei desconfiado dentro da sala dos caixões e dei uma olhada disfarçada dentro deles. Onde aqueles dois tinham se metido?

— Ele saiu — eu disse com incerteza. — Agora, que eu lembrei.

— Fique mais atento da próxima vez, Beto.

Eu sorri amarelo.

Coloquei a mão dentro do bolso e o maço de notas ainda estava lá dentro, mas a maneira estranha como aqueles tinha desaparecido me deu medo. Eu tinha pensado em comprar um tênis e algumas roupas, mas eu me imaginei vestindo as minhas roupas novas e aqueles dois apareceriam no meu e quarto e... Não quero nem imaginar!

Dei o dinheiro pra igreja. Lá era um lugar do bem.

E larguei o emprego. Era melhor deixar os mortos descansarem em paz.

Carreta Furacão


Eu gostei muito desse vídeo e quis compartilhar.
Queria que você se lembrassem de que os personagens estão dançando para crianças, mas mais parecem um show numa boate. Só faltou arrancar a roupa. Mas é sensual! [eu não acredito que eu falei isso!]
Destaque para o Fofão que é assustador com essas suas mãos peludas e para o Capitão América que poderia ter participado do É o Tchan!

Divirtam-se!

P.S. O que acharam no novo layout? [Responda se quiser, mas pra mim fará um grande diferença.]

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

A loira e o advogado

[homenagem às loiras inteligentes.]

Uma loira e um advogado estão sentados um ao lado do outro num avião.

O advogado chega para a loira e diz:

— Aprendi um jogo super interessante! Você não quer jogar comigo?

— Não, moço — a loira respondeu. — Eu só quero dormir, mesmo.

— Por favor! É um jogo fácil e divertido.

— Tudo bem — a loira concorda. — Como é que é esse jogo?

— É assim: eu te faço uma pergunta. Se você não souber a resposta, você me paga R$ 5. Depois você me faz a pergunta e se eu não souber... eu te pago.

A loira pensou e virou para o lado:

— Não estou interessada.

— Ok! Então, se você não souber a resposta me paga R$ 5. E se eu não souber a resposta, eu te pago R$ 500.

A loira pensou e acabou aceitando.

— Então, faz a primeira pergunta.

— Qual a distância exata entre a Terra e a Lua?

A loira não disse nada. Abriu a bolsa e tirou uma nota de R$ 5.

— Agora, é a sua vez — disse o advogado.

Ela perguntou:

— O que é que sobe a montanha com três pernas e desce com quatro?

O advogado também não disse nada. Abriu a carteira e pagou os R$ 500 para a loira.

— Foi bom jogar com o senhor.

A loira virou para um canto e começou a dormir.

— Ei, espera aí! Qual é a resposta da sua pergunta?

A loira não disse nada. Pegou uma nota de R$ 5 e entregou para o advogado.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

O professor e a aluna

[não resiti. Tive de publicar.]
O professor pergunta para sua aluna:

— Me diga: qual o elemento que tem a fórmula H2SO4?

A garota pensou e respondeu:

— Ai, professor! Tá na ponta da língua!

O professor desesperado:

— Então, cospe porque é ácido sulfúrico!

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Fernando e Sorocaba: Tá tá tá tá!


O interior de Minas Gerais está contaminado pela febre dos sertanejos. E ontem eu fui ao show do Fernando e Sorocaba. Que beleza! Eu até gostava deles há alguns anos, mas depois eu fui descrençando! Mas o show excedeu minhas expectativas!

Hoje, muitas horas de sono depois, eu fico lembrando sobre tudo que eu vi naquele amontoado de gente.

Na boate da parte Não-VIP — onde eu estava — parecia um formigueiro. Foi a primeira vez que eu vi uma briga. Que marcante, não? Um homem me deu um empurrão, eu olhei pra trás e falei: “Vamo sair daqui!” Mas não teve nada de mais.

Também na boate o que mais tinha era a pegação! Uhu! A dança do acasalamento era uma das mais executadas naquele lugar. Uma loucura!

Durante o show, eu pensei que eu ia ser seriamente agredido. Primeiro, que eu nunca tinha me comportado daquele jeito. Toda hora eu tava:

— Sorocaba! Sorocaba! — deixar bem claro que as pessoas que andavam comigo me acompanhavam no grito. — Sorocaba! Sorocaba!

E tinha um menino — menino? — na minha frente que já tava quase virando um murro na minha cara. Vá se lascar!

Quando eu não gritava “Sorocaba” eu gritava:

— Tá tá tá tá! — daquela música deles “Tô passando mal”, eu acho.

Na verdade, eu não sei se eu estava zoando mais as pessoas na minha frente ou atrás de mim. Tinha uma menina — menina? — atrás de mim que me empurrava toda hora. Ela tava me jogando pra cima do outro menino que não aguentava mais os meus gritos. Mas a menina estava me empurrando sem motivo? Não! Eu devo ter pisado no pé dela umas cem vezes. Minha filha, quem tá na chuva é pra se molhar!

No mais só teve uma cotovelada que eu dei num menino e um flagra inusitado: um garoto abriu a porta de um dos banheiros químicos que estava ocupado. Que situação!

Mas o show foi ótimo. Tinha a famosa bolha dos shows deles, eles subiram num guindaste — guindaste que chama? — e o Fernando cantou até Ivete Sangalo.

Vale a pena!

Tá tá tá tá!

[a caricatura é do cartunista Cássio Manga]

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

UFU!


Nem sei a última vez que eu sentei e falei: "Vou escrever alguma coisa pro blog".


Eu tava tão louco de medo, nervosismo, ansiedade e mais um monte de coisas que, por ser tantas coisas, eu não sabia diferenciá-las e enumerar todas elas.

A minha espera para fazer a matrícula na UFU tava parecendo a minha espera para o vestibular. Eu não sei porque eu sempre penso que TUDO vai dar errado.

"Uma coisa que já deu certo, seu idiota?"

Mas eu penso que TUDO PODE ACONTECER.

Agora, a minha ansiedade é outra. Começar logo o curso de História e aproveitar o máximo. Ai, tô super animado!

Eu sempre quis dizer:

Eu vou fazer História!