quarta-feira, 30 de março de 2011

Rock e Bossa Nova

Cara,

Eu amo duas mulheres! Belas e encantadoras com seus cabelos, seus braços e abraços. A primeira tem os cabelos pretos encaracolados que caem pelos ombros num desarranjo harmonioso. A segunda, não menos fascinante, tem lisos cabelos loiros que definem o formato do seu delicado rosto de menina.


É estranho como eu me sinto atraído por duas criaturas tão diferentes. Com a primeira, eu sinto um calor dentro de mim; ela passa a mão no meu peito e as minhas pernas tremem e eu tento controlar os meus impulsos. Sinto a respiração mais difícil e a minha boca seca. Eu não consigo raciocinar. A segunda me encanta com sua doçura; ela me abraça e percorre as mãos delicadas pelas minhas costas e eu sinto arrepios pela minha espinha.

Quando eu penso na morena de cabelos encaracolados, vejo-a de vestido e batom vermelhos, com lápis ao redor dos olhos realçando seus olhos verdes; imagino-a sobre um salto alto, com o olhar sempre pra frente, como se intimidando os outros. Ela vem com os lábios entreabertos, mostrando os dentes brancos, e um sorriso discreto, irônico. Ela desfila com todos os holofotes em sua direção; e com todos os homens à sua disposição.
Já a dos cabelos loiros está com seu vestido rosa e esvoaçante. Seus olhos são azuis como o céu, ou como o mar. Não sei! Ela faz parte da natureza. Imagino-a andando descalça, com os pés em contato com a grama verde; vejo-a cantando com os passarinhos e dançando no ritmo do vento. Sinto que ela mal toca o chão; deve ser uma deusa. Ela está sempre com o sorriso branco nos lábios macios e seus movimentos são leves; sua pele é suave como a brisa.

Com uma eu dançaria um tango: algo forte. Nossas pernas se entrelaçariam, sincronizadas; seria algo natural para nós, mas visto de longe, pensariam ser ensaiado. Ela sentiria a força da minha mão no seu quadril e eu sentiria seu cheiro de mulher. Até a nossa respiração estaria combinada. E no fim, ela pegaria uma rosa dos meus lábios e terminaríamos com um beijo ardente.


Com a outra preferiria uma música romântica daquelas pra dançar abraçadinho. Eu colocaria minhas mãos nas suas costas, sentindo a sua respiração suave; e ela cruzaria suas mãos no meu pescoço e ia ficar com sua cabecinha escorada no meu peito. A música faria parte dos nossos corpos e nos movimentaríamos naturalmente pelo salão. As pessoas ficariam deslumbradas com tamanho encantamento.

Uma, a sensualidade; a outra, a singeleza.

Eu não sei o que fazer, cara! Escolher, nesse caso, será abrir mão. Não posso viver sem o fogo ou sem a brisa; não posso viver sem o rock ou sem a bossa nova. Elas me completam. Faltam duas partes no meu coração. E elas as preenchem satisfatoriamente.

Eu quero tê-las, mas não posso. Não sei o que fazer.

Me ajuda,

Outro cara; um apaixonado.

Maria

A ela, a única Maria do mundo!

sábado, 26 de março de 2011

A História é uma arte


"Sem o sopro de vida das narrativas historiográficas, as brasas que restaram do fogo das batalhas do passado, das fogueiras das vaidades ou das revoluções, e que jazem ainda crepitando mortiças sob as cinzas do tempo, fagulhas de esperanças, de projetos, de desejos, de sonhos, restos das chamas das paixões e das rebeliões humanas, não voltariam a brilhar, a crepitar, a queimar em nosso tempo, a nossa carne e a nossa consciência.

O historiador é a carpideira que, ao mesmo tempo, chora e louva os mortos, que num gesto de carinho para com os que se foram, os veste de novo para um ato inaugural, os fazem novamente vir para o centro da sala, para frente do cortejo, os fazem levantar a fronte e novamente falarem.

A história pode ser delicioso pão que alimenta nossas vaidades, nossa onipotência, nossos preconceitos, que explica e justifica nossas desigualdades e diferenças, mas pode ser também o licor amargo que tragamos para nos darmos conta de nossas veleidades, de nossos crimes, de nossas injustiças, de nossas ignomínias, de tudo que nos amarga a existência individual e coletiva.

Historiador, o cozinheiro do tempo, aquele que traz para nossos lábios a possibilidade de experimentarmos, mesmo que diferencialmente, os sabores, saberes e odores de outras gentes, de outros lugares, de outras formas de vida social e cultural.

O texto do historiador, como o objeto fabricado pelo artesão, exige muitas horas de trabalho, é um produto que exige um trabalho extensivo, mas que será adquirido por preços que estão muito longe de corresponder ao tempo gasto para sua produção.

Só fazendo da vida e da história uma arte é que seremos felizes."

O Tecelão dos Tempos: o historiador como artesão das temporalidades
Durval Muniz de Albuquerque Júnior

sexta-feira, 25 de março de 2011

Gatas e gatos! Urgh!




















Fico pensando: "Por que nos preocupamos tanto com a nossa imagem na Internet?"

As redes sociais são um ótimo lugar pra gente conhecer pessoas que tenham os nossos mesmos gostos, os nossos mesmos interesses e ainda poder conversar com conhecidos que não temos mais tanto contato.

Algumas pessoas também procuram namorados, emprego e um monte de outras coisas que não vale a pena citar.

Mas vocês devem estar se perguntando: “Por que ele tá escrevendo esse texto?”.

Porque quero demonstrar o quanto somos pessoas fúteis. Cada vez mais nos preocupamos em passar uma imagem criada; uma imagem que julgamos que será aceita pelos outros.

Eu não posso generalizar, mas acho que pessoas que gostam de se mostrar e participam de redes sociais onde possam receber elogios não são pessoas muito sadias mentalmente. Acho que essas pessoas devem ter alguma dificuldade no convívio social e tudo mais. Não sei! Ontem mesmo eu vi uma comunidade do Orkut que se chamava “No MSN, eu falo tudo!”. As pessoas se esqueceram de como conversar com os outros.

Fico observando conhecidos meus que são tão calados ao meu lado, mas que nas redes sociais tem centenas de amigos, no Twitter milhares de seguidores e várias fotos... “ousadas” no Fotolog.

O pior é que ainda nos preocupamos com isso.

Eu, particularmente, sou uma dessas pessoas que, quando estou desanimado, vejo uma foto no Orkut ou no Twitpic e fico me achando feio. Ah, faça-me o favor, Lucas! Sai dessa vida!

E ainda nos preocupamos com a quantidade de seguidores que o outro tem no Twitter ou no Blog, quantos amigos ele tem no Orkut, quais são as mensagens que ele recebe na “Caixa da Verdade” e deixamos de lado o convívio com o outro. Às vezes, as pessoas preferem ficar no MSN a ir conversar com sua mãe ou fazer uma visita pra um primo.

Olha o buraco onde nos metemos.

Mas o que mais me irrita é essa imagem inventada. Quantos casos de sequestros e roubos não aconteceram por meio desse convívio com pessoas inventadas? Ainda tem os casos de pedófilos!

Eu estou indignado.

Eu sei que para alguns esse texto não terá nenhum efeito. Porque se você está lendo esse texto é porque está conectado a Internet e talvez já apareceu numa janela que você tem uma nova mensagem, ou “15 New Tweets” ou que um amigo seu acabou de entrar no MSN, mas a mensagem foi dada.

Pelo menos, vamos parar de acreditar nas imagens inventadas.

quarta-feira, 23 de março de 2011

Global

Preciso falar uma coisa muito séria. De uns dias pra cá todo mundo veio me perguntar se eu tinha aparecido na televisão. Eu falei: "Não sei, né!"
Uma pessoa... duas, três. Ontem eu recebi vários replys no Twitter e um recado no Orkut dizendo que eu apareci num intervalo de Insensato Coração.
Quase morri! Tô me sentindo um Global, né! ¬¬
Não é grande coisa (3 seg eu acho), mas, como todas as coisas da minha vida eu tenho que postar no blog, deixo o vídeo e comentem, por favor.

Bjokas

domingo, 20 de março de 2011

Os ônibus

[todas as histórias são verídicas]

Andando pela rua, lembrei-me daquela piadinha que pergunta qual é o coletivo de pessoas: ônibus. Pois é! No ônibus é que nós temos relações com várias pessoas da cidade ao mesmo tempo. Relações íntimas, às vezes. E nós temos que fingir que tudo aquilo é normal, porque se a gente não levar na esportiva, nós vamos enfezar com um cara com o braço levantado ou quando um tá te encoxando ali na maior inocência.

Às vezes, o negócio tá tão cheio que você nem precisa se segurar naquelas barras: você solta as mãos e a mulher gorda na sua frente, um adolescente te encoxando por trás, um homem de camisa regata do seu lado e uma mulher de uniforme da empresa do outro te espremem e você nem consegue se mexer.

O ônibus também é ótimo pra ouvir conversa dos outros. Não me julguem mal, mas é inevitável. Há alguns anos, num ônibus escolar, eu ouvi uma menina comentando sobre um garoto que eu conhecia.

— Esse Juninho é gostoso demais. Mas o irmão dele que é safado. — E contou várias experiências com o irmão desse menino que prefiro não descrevê-las.

Esses dias atrás também vivi outra situação. Eu tava ouvindo a conversa de uma mulher que gritava no celular.

— Pois é! Voltei. Fiquei lá três anos e meio; quase quatro. A Jéssica disse que eu não voltava, mas a Amanda sempre acreditou que eu voltaria. — Isso ela tava gritando.

Quando chegou num ponto de ônibus, a mulher desceu. Aí, duas pessoas que estavam atrás de mim começaram a falar mal dos modos da menina.

— Mas fala demais, hein? — um homem começou.

— Nossa senhora! Celular é só pra uma necessidade; em caso de urgência.

— Imagina essa aí sem o celular.

— Ih...

— Excomunguenta do caralho!

E mais uma discussão infinita sobre a conta telefônica da moça. Coitada!

Ônibus escolares também são ótimos lugares pra dar umas risadas. Quando os alunos são adolescentes, eles falam mal dos professores.

— O menino foi de blusa de frio hoje e o maluco do professor começou a brigar com o menino dizendo que tem que usar o uniforme da escola, tem que ter orgulho da escola — Risos.

Quando os alunos são pré-adolescentes, lá pelos 11 anos, eles gostam de se desafiar com o ônibus em movimento. O jogo principal entre eles é o de ficar sem segurar nas barras.

— Vamo’ apostar quem fica mais tempo sem segurar nos ferro?

— Demorô!

E quando são crianças, aí que o negócio esquenta. Elas gritam “O fulano disse que gosta de você”; elas brincam de boneca; choram. O mais impressionante que eu já vi foram crianças que se dependuravam de cabeça pra baixo naquelas barras mais altas! Dias depois, eu vi essas crianças com os pais e eles pareciam tão dóceis.

O texto vai ficar grande, mas eu tenho ainda que falar dos ônibus de viagem. Existem inúmeras situações que a gente passa numa viagem. Por exemplo, quem nunca viajou de ônibus e teve seus joelhos apertados pela cadeira reclinável da sua frente? Quem nunca teve o lugar da “janelinha” roubado por alguém mais esperto? Quem nunca se sentou ao lado de uma pessoa que fica debruçado em cima de você e não deixa você nem escorar o braço no encosto?

São essas e outras coisas que a gente tem que passar.

No ônibus de viagem todo mundo fica sentado. Pelo menos nos que eu viajei.

Foi engraçado um dia que eu acompanhei um professor de química corrigindo as provas dos seus alunos. [Eu sou muito enxerido, mesmo!]. Tinha alunos que tiravam 10! Incrível! Mas tinha uns que o professor só ia riscando: risco, risco, risco, risco. Depois ele colocava um 1 lá em cima pelo aluno ter comparecido no dia da avaliação.

Então, é isso. Pra finalizar deixo um conselho e uma mensagem. Nunca ofereça o seu lugar para uma grávida se você não tiver certeza que ela esteja grávida. Ela pode não estar. E a mensagem é a seguinte: nem tudo na vida é passageiro; ainda tem o motorista e o cobrador.

sexta-feira, 18 de março de 2011

Final de novela

(David e Doraci acompanharam a novela desde o primeiro capítulo. Virou rotina do casal. Nas últimas semanas o assunto tinha sido apenas o final da novela, principalmente quem era o assassino da trama. Na sexta-feira do último capítulo, às sete da noite, Doraci recebeu um telefonema. Ela tinha acabado de desligar o telefone e estava pálida olhando para David.)

DAVID: (assustado) O que aconteceu? Foi com sua mãe?

DORACI: Não. É com a tia Vera! Ela disse que quer apresentar o novo namorado dela pra gente!

DAVID: Ela tá agarrando um adolescente de novo? Eu não vou ficar fazendo sala pra sua tia maluca e pra um pirralho. Fico imaginando como é esse cara: pelo estilo da sua tia deve ser um loirão, de cabeça pequena e corpo grande com aquela cara de lerdo. (Virou-se para Doraci) Mas eu acho que eu posso fazer um sacrifício, né. Tô com vontade de dar umas risadas.

DORACI: Pois é!

DAVID: Quando eles veem? Domingo, para o almoço.

DORACI: Esse é problema. Por isso que eu tô pálida desse jeito. A tia Vera disse que vem hoje.

DAVID: HOJE?! Mas hoje não pode! É o final da novela! Ela não pode vir aqui.

DORACI: Eu sei, mas a tia Vera não me deu oportunidade pra falar. Ela ficou falando, falando, falando, quando eu percebi ela tinha desligado o telefone.

DAVID: Liga pra ela e diz que não pode ser hoje.

DORACI: E qual será a desculpa? Você está doente?

DAVID: Pode ser. Quer dizer, não... É melhor não. Depois ela vai querer vir aqui pra ver como eu estou... Ai, meu Deus! O que a gente faz?

DORACI: A gente pode dizer que saiu com uns amigos!

DAVID: Tenho certeza que sua tia vai dizer (voz esganiçada) "Onde vocês estão? A gente pode ir pr'aí." Preste atenção: ela não vai nem perguntar se pode. Foi uma afirmação.

DORACI: E qual sua grande ideia?

(Silêncio)

DAVID: A gente pode dizer que... a Natasha e o Afonso estão aqui e a gente tá... fazendo swing. Sabe? Troca de casais.

DORACI: CLARO QUE NÃO! A tia Vera vai ficar traumatizada e ainda vai correndo contar pra minha mãe.

DAVID: Na verdade, o pior seria se ela quisesse participar trazendo o namorado loiro e bobalhão.

(Silêncio)

DORACI: Vamos fazer uma coisa muito simples.

(Doraci foi ao quarto e pegou um cobertor. Na cozinha, pegou um saco de pipocas. Foi ao interruptor e desligou todas as lâmpadas da casa.)

DORACI: Nós não estamos em casa.

(Os dois ficaram abraços debaixo do cobertor comendo pipoca).

DAVID: Se eu ficar nessa posição até a novela começar, eu vou ficar com uma dor na coluna.

(Meia hora depois da novela ter começado a campainha tocou. David e Doraci abafaram os risos.)

DAVID: (cochichando) Você não vale nada!

(O telefone tocou.)

DAVID: Sua tia é muito mansa. Daqui a pouco ela pula o muro que nem fez da outra vez.

VERA: (gritava do lado de fora) DORACI! EU TÔ AQUI FORA! ALGUÉM DESLIGOU O SEU RELÓGIO DE ENERGIA?! EU POSSO LIGAR ELE SE VOCÊ QUISER!

DAVID: Velha dos infernos. Se ela desligar o relógio eu vou lá fora matar essa mulher.

(A televisão desligou)

DAVID: Como é que faz com um negócio desse, Doraci?

DORACI: Eu estava pensando seriamente em jogar um balde de água fria na cabeça da minha tia, mas... eu vou me controlar.

DAVID: A gente precisa de uma solução rápido. O intervalo da novela já tá acabando.

DORACI: O carro tá lá fora. (David só balançou a cabeça.)

(Tia Vera estava lá fora com o namorado de vinte anos. De repente, ela ouviu o barulho do portão da casa se abrindo. David estava dirigindo.)

VERA: Ainda bem que você me ouviu, minha sobrinha!

DORACI: (entrando no carro) O David tá passando mal, tia!

VERA: A gente vai com vocês.

DORACI: Na verdade... a gente vai sair com uns amigos pra fazer um... swing.

NAMORADO DA TIA VERA: A gente vai com vocês.

DORACI: EU TÔ MENTINDO! A GENTE VAI SE MATAR!!!

(David acelera o carro.)

VERA: (para o namorado) Que horror! Eu não sabia que minha sobrinha teria um fim tão trágico. David parecia um homem tão bom para ela.

(Ela olha pra trás e vê que o namorado está correndo atrás do carro do casal.)

NAMORADO DA TIA VERA: A GENTE VAI COM VOCÊS!

terça-feira, 15 de março de 2011

Era vida real


Voltava do trabalho às 8 da noite. Cheguei no meu prédio e subi as escadas até o 3º andar. Eu nunca tinha gostado dos corredores frios daquele lugar, mas naquele dia eu sentia um vento fantasmagórico. Era como uma presença.


Olhei várias vezes sobre o meu ombro para ver se não estava sendo seguido. Sentia um medo dentro do meu peito tomando todo o meu corpo: minhas mãos suavam, minhas pernas tremiam. Era uma estranha sensação de que meu peito tremulava.

Senti um alívio quando tranquei a porta atrás de mim. Respirei fundo. O apartamento gelado, vazio e escuro. Acendi as luzes e sentei-me para me acalmar antes de tomar um banho gelado.

Deitei na cama. A última coisa de que me lembro.

Quando acordei estava deitado num banco de ônibus. Ainda era noite e minhas costas doíam. Eu estava de shorts, camisa branca e chinelos. Tinha a impressão de que tinha apanhado. Passei a mão no rosto, nos braços, mas tudo estava aparentemente inteiro.

Sentei-me, mas me abaixei rapidamente quando observei que não estava sozinho no ônibus. Lá na frente, perto do banco do motorista tinha uns três homens grandes conversando. Dava pra ouvir alguns fragmentos.

— É melhor a gente fazer o que tem pra fazer...

— Ele não pode desconfiar...

— Tem que ser rápido...

— E sem sujeira...

O meu instinto de sobrevivência me dominava. Era um arrepio que percorria a espinha e gritava para eu fugir o mais rápido que eu pudesse.

Meus olhos se encheram de lágrimas e eu segurava aquela vontade de chorar pelo medo de morrer.

Eu não queria morrer.

Eu tentava enxergar alguma coisa. Tive a impressão de ver o brilho de uma lâmina. Não sei se era possível confiar no meu senso, mas aquilo não era um pesadelo: era real.

Os homens de repente saíram do ônibus. Era a minha chance: uma luz no fim do túnel; a esperança de salvar minha vida.

Levantei-me e eu fazia movimentos mínimos para não ser notado. Mas o chinelo batia no meu pé a cada passo. O barulho me denunciaria. Eu não tenho muita facilidade para andar descalço, mas tirei o chinelos.

Olhei pelas janelas e vi que estava numa rodovia sem movimento. Seria difícil, mas eu faria de tudo para salvar minha vida.

Aquele tremor no peito, as lágrimas no olhos, as pernas bambas... Os homens conversavam ali mais adiante. As únicas luzes eram a da lua e do farol fraco do ônibus velho.

O momento crucial tinha chegado. Eu tinha que descer as escadas do ônibus e correr o quanto a minha perna aguentava.

Eu senti que não respirava há muitos segundos. Desci as escadas sem mexer os músculos. Não sei como fiz isso!

Pareceu-me que as minhas roupas em contato com minha pele fazia um barulho estrondoso.
Eu senti o ar frio da noite no meu rosto e aquela era a hora: virei-me para o lado oposto ao que os meus assassinos estavam e corri. Parecia um sonho daqueles que a gente corre, corre, corre, mas parece não ter nenhum efeito.

Meus batiam no chão e eu corria sem ver pra onde.

quarta-feira, 2 de março de 2011

Akinator: o Gênio da Internet









Eu gosto sempre de postar aqui no blog coisas interessantes que eu encontro na Internet.

Dessa vez, foi um aplicativo encontrado no site Baixatudo (http://baixatudo.com.br).

O nome dele é Akinator: O Gênio da Internet. O site promete que o Gênio descobrirá a pessoa na qual você está pensando.

Então, você pensa numa pessoa, famosa ou não, e vai respondendo a uma série de perguntas. É interessante que depois de algumas perguntas, você já percebe que o Akinator já sabe em quem você está pensando.

Eu comecei a pensar em personagens muito "sem-noção" e o Gênio adivinhava.

Por exemplo: Eu pensei na Branca de Neve e logo, numa pergunta, o Gênio disse: "Ela mora com anões?"

E você também pode conferir algumas estatísticas do jogo. Abaixo, algumas adivinhações do grande Gênio.


Não pensem que eu sou ingênuo e acredito que o Akinator realmente lê meus pensamentos [kkk], mas é divertido. Pense na pessoa mais improvável e ele descobrirá quem é.

Se você quiser acreditar que ele lê seus pensamentos, também fique à vontade. O legal é se divertir.

Eu já ia me esquecendo. O link para o jogo é http://pt.akinator.com/#

terça-feira, 1 de março de 2011

Born This Way - Cover


Ontem (28 de fevereiro de 2011) foi o lançamento do novo clipe da cantora Lady Gaga,
"Born this way".
Foi um assunto muito comentado no Twitter e tudo mais. Mas antes de assistir ao clipe da cantora (Que não é minha favorita e isso já foi dito antes - "O Cotonete do Ano" 14/09/2009) eu quis dar uma conferida no Born this Way interpretado por uma garotinha de 10 anos chamada Maria Aragon.
Seu vídeo na Internet tocando piano e cantando a música da cantora já teve mais de 16 milhões de acessos.
Eu achei muito legal e espero que gostem.