Ele virou-se pra ela com a maior seriedade que os seus olhos
castanhos conseguiam demonstrar.
Ele estava tremendo e sentia umas sensações
pelo corpo que... não era hora de sentir!
Ele pegou a mão delicada dela e colocou-a no seu peito:
— Inês, eu... preciso te dizer uma coisa muito séria.
— Diga — ela falou distante.
— Tá sentindo o meu coração pulando? Pois é. Isso acontece
toda vez que eu tô com você. É só você chegar perto de mim que eu... fico bobo,
esqueço o que eu ia dizer. Eu perco os sentidos quando você me abraça ou quando
eu sinto o cheiro do seu cabelo. Eu achei que... sei lá. Somos amigos, mas a
gente não escolhe de quem gostar, né! Pra mim, você era como uma irmã, mas...
eu me descobri... apaixonado por
você. Eu te amo, Inês! Inês? Inês?
Ela olhava um menino de óculos e blusa amarela que passava.
— Olha que menino bonito!
— Inês, você escutou o que eu disse?
— Ahn... escutei! Escutei até a parte que você disse que
tinha alguma coisa muito séria pra falar comigo. O que foi? Você engravidou
alguém?
— Não. Eu disse que eu fico... Ah! Deixa pra lá.
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