Eu sempre achei muito idiota conversar com os bebês.
Claro que deve haver psicólogos que incentivam isso da mesma maneira que senhorinhas incentivam a conversação com plantas.
Eu fico pensando como as crianças devem sentir-se incomodadas quando pessoas (geralmente as mesmas senhorinhas das plantas) se aproximam e põem-se a conversar.
— Que gracinha! Como ‘cê chama?
Essa que é a parte tosca. Se ainda ficasse no:
— Que gracinha! Que coisinha mais cuti-cuti!
Mas não! As pessoas tem que fazer perguntas para os bebês. É óbvio que elas não esperam respostas das crianças. Tanto que elas só fazem as perguntas quando tem uma pessoa acompanhando o bebê (Claro! Um bebê não anda sozinho.)
— Como ‘cê chama? — a senhorinha pergunta com aquela cara de conversar com bebê e com aquela voz de dor de barriga.
— Larissa — a mãe responde.
— Quantos aninhos você tem?
— Ela ‘tá com 6 meses.
Ai, meu Deus! Eu já passei por essas situações quando eu andava com meu irmãozinho que agora tem oito anos e sabe responder. As pessoas perguntavam pra ele:
— Qual é seu nome?
Eu ficava calado esperando meu irmão responder. Mas ele só tinha um ano e não responderia. Se a pessoa ME perguntasse eu responderia:
— Augusto.
Quando o meu irmão não respondia, pois nem sabia falar, a pessoa me olhava e eu ficava com uma cara de paisagem. A pessoa ficava sem-graça e saía de perto.
Se conselho fosse bom, não era de graça, mas eu vou dar um (ui!): Não converse com bebês para que as pessoas não pensem que você é idiota.
— Nossa! Mas como você ‘tá grande! E essa roupinha bonita: quem foi que te deu?
Ainda bem que nós não temos memória de quando éramos bebês.
Um comentário:
Então acho que não deveria te contar que converso com meu gato... ><
Não sei bem o que motiva a essa conversas sem sentido, no caso de crianças acho que ajuda o bebê a falar mais cedo. No caso do meu gato, eu realmente não sei, acho que talvez seja uma espécie de carinho... :)
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