quarta-feira, 6 de junho de 2012

Mordida de cachorro



O carro virou a esquina há cem por hora! No banco do passageiro, o adolescente se contorcia de dor. Minutos atrás gritara pedindo ajuda a qualquer um: entrou no carro do primeiro que encontrou passando na frente da sua casa. Não estava em condições de reconhecer qualquer rosto.

O motorista estacionou na frente do Pronto Atendimento, e o adolescente saiu aos tropeços, dobrado em dois. Atropelaria quem passasse diante de si.

No balcão, um homem branco de sobrancelhas bem feitas perguntou-lhe o que era o problema.

— Mordida de cachorro — o garoto respondeu em gemidos.

— Onde?

— Ele mordeu o meu... o meu... pin.. pênis!

— Providenciaremos uma maca o mais rápido possível.

A história continua, mas o texto termina aqui. É que eu sempre quis escrever isso.

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