O carro virou a esquina há cem por hora! No banco do
passageiro, o adolescente se contorcia de dor. Minutos atrás gritara pedindo
ajuda a qualquer um: entrou no carro do primeiro que encontrou passando na
frente da sua casa. Não estava em condições de reconhecer qualquer rosto.
O motorista estacionou na frente do Pronto Atendimento, e o
adolescente saiu aos tropeços, dobrado em dois. Atropelaria quem passasse
diante de si.
No balcão, um homem branco de sobrancelhas bem feitas
perguntou-lhe o que era o problema.
— Mordida de cachorro — o garoto respondeu em gemidos.
— Onde?
— Ele mordeu o meu... o meu... pin.. pênis!
— Providenciaremos uma maca o mais rápido possível.
A história continua, mas o texto termina aqui. É que eu
sempre quis escrever isso.
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