Uma imagem do meu passado que sempre volta à minha mente é
um dia de domingo na casa da minha avó e eu assistindo Titanic no aparelho de VHS. Uma cena final ficou gravada na minha
memória durante muitos dias e até hoje retorna à minha lembrança: o navio já
tinha afundado e o resgate apareceu procurando por sobreviventes; no meio de
tantos corpos paralisados pela água congelante do Atlântico Norte, um bebê
preso ao corpo da mãe estava ali, morto e frio. Eu não lembro se eu chorei, mas
aquilo me tocou profundamente.
Eu acho que, na minha infância, o que me encantou foi a
grandeza do filme. Tudo era muito real pra mim: o navio, o iceberg, o naufrágio, as mortes. E aquela pergunta que pelo menos
uma vez na vida todos nós já fizemos: isso aconteceu de verdade?
Eu fui crescendo e, além da grandeza do filme, outras
imagens me impressionavam quando eu era um pré-adolescente: a nudez de Rose, a
cena de sexo dentro de um carro no porão do navio, um casal de idosos abraçados
esperando pelo naufrágio, uma mãe fazendo seus filhos dormir para não
“sentirem” a morte, os músicos tocando até o último momento, o suicídio do
capitão, a esperança dos pobres...
Da última vez em que eu assisti ao filme, eu notei coisas
diferentes das que eu tinha notado na minha pré-adolescência; da última vez, eu
gostei de ver os atores em cenas, o jantar da primeira classe cheio de regras,
a festa nos porões regada a muita música, Jack ensinando Rose a cuspir mais
longe... Todos os detalhes. Todos! E agora, eu sei que eu vou assistir ao filme
de outra maneira. Eu vou assistir ao Titanic
com os meus olhos de quase vinte anos.
Hoje estreia a versão em 3D do clássico dos clássicos do
cinema, a 2ª maior bilheteria da história, o vencedor de 11 Oscar de 98... De
longe, o meu filme favorito! Poderia pagar uma de cult e dizer que meu filme favorito é um francês ou um italiano qualquer, mas eu assumo a minha paixão pelos melodramas hollywoodianos!
As pessoas me perguntam qual é a graça de assistir ao Titanic pela milésima vez. Eu não sei
explicar isso em palavras; eu só sei dizer que são três horas do espetáculo
mais marcante da minha vida. Além de eu ser perdidamente apaixonado pelo Di Caprio (quase) adolescente e a Kate Winslet toda linda com seus vestidos.
Isso sem falar na música! My heart Will go on nem era pra ter letra, mas acabou entrando nas
paradas de sucessos de vários países. A relação que as pessoas fazem entre o
filme e a música é tão forte que Kate Winslet disse que os fãs sempre cantam o
refrão da música de James Horner e Will Jennings quando a encontram (e isso lhe dá ânsia de vômito). E como não
gostar de My heart Will go on! Eu fui
criado com doses de Mariah Carey, Shania Twain, Whitney Houston e principalmente Celine Dion. Eu sou a
prova viva de que o gosto musical pode ser moldado pelos pais.
Já estou com minha entrada para a estreia hoje à noite!
Tenho certeza que vai ser uma das experiências mais emocionantes da minha vida.
Só pra terem noção, eu choro vendo só o trailer.
E eu vou ter alguém para segurar a minha mão!
Para terminar, assistam a mais um videozinho feito
exclusivamente para o blog. Ah, que fofo! Ou não!
2 comentários:
Titanic, marcou a minha vida de algum modo.
Não li a postagem, com medo de vc dizer alguma coisa q comprometa quando eu for ver o filme em 3D, não consigo pensar em nada, mas sei lá, não li. Prometo que depois q ver volto aqui e leio.
Mas vi o Vídeo.. Adorei.
ps: principalmente aquele quadro lindo de fundo kkk', deu um clima muito bom ao vídeo
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