Eu já nem lembro pronde mesmo que
vou
Mas vou até o fim
Mas vou até o fim
Começa mais um semestre letivo. Depois de quatro deles, eu
já deveria ter me acostumado, mas não; continuo ficando com um frio na barriga
pensando tudo que me espera nos próximos meses. É um período de muitos momentos
felizes, não nego, mas, às vezes, conquistados com muito estresse, cansaço e
infinitas noites mal dormidas.
É quando eu vou acordar cedo todas as manhãs e, antes que eu
me acostume com a luz do sol, a temperatura ou o gosto ruim do café, eu já
estarei na rua com minha inseparável mochila.
Esse início de semestre serve para novas promessas: prometer
a si mesmo que dessa vez você vai
fazer diferente. Mas eu sempre ficarei frustrado por não dar conta de todas as
leituras, por pensar em desistir de alguma das cinco disciplinas, por não
conseguir acompanhar nenhum programa de televisão, por não conseguir ir ao
cinema semanalmente, por não ter tempo de comer algo melhor que um miojo.
Eu vou ficar com raiva de mim mesmo por ter passado tempo
demais na internet ou por eu não ter conseguido ler nenhum romance policial,
fantasia medieval ou qualquer outro clássico da literatura.
Eu vou pular algumas refeições, vou dormir pra esquecer meu
nome, vou passar horas a fio na frente de um computador tentando escrever um
texto pro blog e, sim, vou me esquecer de pelo menos dois banhos na semana.
Vou enfiar uma coxinha goela abaixo, vou esquecer-me das
minhas redes sociais por muito tempo, vou enfrentar ônibus e chuvas e filas e
louças na pia. E vou andar com a mochila cheia de livros... que eu nunca vou
ler.
Bem, eu não sei bem onde tudo isso vai dar, mas, surpreendentemente,
eu amo tudo isso!
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