Quando somos crianças, tudo é mais fácil, tudo é mais mágico e muito mais divertido. Com o passar dos anos, tudo vai ficando mais sem graça. Vamos descobrindo como as coisas realmente são. A gente descobre que as pessoas não estão dentro da televisão, que não existe tesouro atrás do arco-íris, nem Papai-Noel (desculpa se alguém ainda acredita em Papai-Noel, mas...).
Quando somos crianças parece muito fácil dizer o que seremos quando crescer: os meninos geralmente estão certos de que serão jogadores de futebol; as meninas, bailarinas ou veterinárias. Quando todos crescem, arrumamos aquelas coisas loucas de Engenharia Química ou Gestão Ambiental.
Perdemos o brilho nos olhos que tínhamos por coisas bobas atualmente: elevador, prédios, palhaços e escada rolante (eu ainda gosto de escada rolante).
Começamos a perceber que o mundo não é tão lindo quanto nos parecia. As pessoas não são como os personagens da Chiquititas, nem o bem sempre vence o mau como nos Power Ranger.
Continuamos indo para a escola e as professorsa passam a não ter dó dos alunos: elas não se importam em dizer como as pessoas morreram nos campos de concentração, como Joana D'arc foi morta e brigam se as chamarmos de tia.
— EU NÃO SOU SUA TIA! EU NÃO SOU IRMÃ DO SEU PAI, NEM DA SUA MÃE!
E, mesmo com tudo isso, as pessos acham que é infantilidade chorar.
As professoras nos põe medo por causa do vestibular e nós nem damos papo quando estamos na 8ª série, mas... quando o Ensino Médio chega a gente percebe que o futuro — que imaginávamos tão distante — já está nos engolindo.
A gente se mata de estudar e é aí que esquece da Xuxa, da Fadinha dos dentes, do futebol na rua e do Coelhinho da Páscoa.
Mas é bom lembrar que o melhor é ser criança para sempre. Se quiser chorar, chore; se quiser rir, ria (gargalhe se quiser); se quiser acreditar em Papai-Noel, fique à vontade.
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