sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Confissões

Eu gosto de escrever sobre o que me interessa nesse blog, pensando no que pode ser interessante para outras pessoas, mas de vez em quando eu fujo um pouco essa regra. Eu resolvo escrever sobre o meu dia, as minhas tristezas, as minhas alegrias, fotos pessoais... É como uma forma de libertação.

Pretendo ser breve e espero não ter de escrever outro post assim nos próximos meses. Talvez nunca.

Acontece que na primeira semana de fevereiro (eu sei disso, porque também foi a primeira semana de aula aqui na minha cidade) eu comecei a sentir uma tristeza imensa. Foi como se tudo que eu depositava todas as minhas expectativas estivesse dando errado. Até meu computador estragou, que me rendeu algumas explicações aos leitores do Blog do Lucas (Nota de esclarecimento, 11/02/2010).

Tudo dava errado. Comecei a imaginar se o meu pensamento negativo estivesse atraindo acontecimentos tristes e desastrosos. Mas num momento de "depressão" é difícil pensar em coisas boas. Num livro de auto-ajuda parece muito fácil, mas na prática tudo fica diferente.

Uma das coisas que me aconteceu foi a separação de muitos amigos. São pequenos acontecimentos, nem são dignos de nota, mas que me deixaram muito triste. Com essa separação eu fiquei arrasado. Parece que os dias não rendiam, as coisas estavam embaçadas e eu não via a menor vontade de chegar o dia seguinte.

Eu acho que algumas pessoas que me conhecem de verdade perceberam que eu não estava muito bem. Não sorria tão frequentemente.

Na semana seguinte, tudo que tinha dado errado, passou a dar certo. Eu comecei a me animar.
Queria que o próximo dia chegasse rápido, que tudo acontecesse de uma vez. Aquela busca constante por alegria instantânea que tanto falam que os adolescentes possuem.

Tudo era um mar de rosas.

Chegou o Carnaval e tudo que era bom não era mais tão colorido. Eu já escrevi um post no blog falando sobre a minha maior tristeza (... , 28/08/2009), que é se sentir inútil. E foi uma semana que eu me senti completamente descartável. A semana passou e, no sábado, eu não lembrava o que eu tinha feito na segunda-feira. Como se tivesse passado um mês.

As aulas voltaram nessa semana e a minha mudança de humor foi ainda mais aparente. Tudo por causa do bendito (ou maldito, como preferir) vestibular.

Eu estou no 3º ano do Ensino Médio e as professoras não param de nos lembrar que no final do ano tem ENEM, tem vestibular, que não precisa de muita coisa para continuarmos na escola por mais um ano... Essa baboseira toda.

Então, na segunda-feira eu estava super animado para o meu vestibular de música. Estava muito feliz com minha decisão. Na terça-feira, eu já não tinha certeza e o curso de Letras me era mais atraente. Na quarta-feira, eu estava arrasado e querendo desistir de tudo. Mais tarde, eu consegui me animar. Fiquei até surpreso com minhas risadas de felicidade. À noite, eu já não estava tão certo. Na quinta-feira, a animação voltou. À tarde, eu queria vender meu piano e fazer o curso de Letras, mesmo. Ontem, eu não consegui nem rir das piadas do Desciclopédia.

Hoje, eu não queria ficar triste como quase todos os outros dias da semana. Disse pra mim mesmo: "Não vou me preocupar tanto. Não conheço ninguém que esteja tão nervoso quanto eu. Eu sou um idiota mesmo. Não vou levar a vida tão a sério. Vou deixar que as coisas aconteçam por si mesmas. E que tudo mais vá pro inferno!"

Não sei se alguém aguentou ler até aqui, mas se alguém leu, eu agradeço. Isso foi mesmo uma confissão. Quando eu ficar triste vou pensar nesses últimos dias e ver que as coisas não são tão ruins. Brincar de jogo do contente.

Espero não ter que fazer isso de novo. Isso é um blog divertido e não religioso ou psi-alguma coisa.

Amanhã eu vou ter mais inspiração. Aguarde até lá.

Obrigado

P.S. Falei dos amigos no início. Esqueci de citar que eles ouviram muito mais que tudo que eu escrevi. Muito obrigado!

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