terça-feira, 27 de abril de 2010

Atire a primeira pedra


Não conseguimos calcular o quanto a música mexia com os adolescentes de décadas atrás. Até hoje, que vivemos num mundo relativamente liberal, os jovens querem ser contestadores. Imaginem há 40 anos! Uma sociedade conservadora, um governo rígido, a censura... A música era a válvula de escape dos jovens daquela época.


A expressão de sua revolta através da música deveria ser muito importante para eles. Imagine viver cercado de caretices e injustiças e não ter voz para protestar? Se as vozes não são ouvidas, então, que façam barulhos!

As melodias, as letras com duplo sentido... Era a mesma sensação de um jovem do nosso século colocando um piercing ou fazendo uma tatuagem sem o conhecimento dos pais.

Como todos sabem, as coisas mudaram e algumas pessoas pensam apenas no retorno financeiro. Não só na música, mas nas artes plásticas, no cinema e na literatura. Mas leia bem: apenas algumas pessoas.



Ainda há artistas que se preocupam com a qualidade do trabalho, que não fazem as coisas de qualquer jeito. E se é pra falar de contestação, temos bons exemplos: Marcelo D2, Mv Bill, Túlio Dek e Gabriel, o pensador, falam da realidade dos subúrbios da cidade e o U2 fala em suas letras sobre amor, futuro e meio ambiente. Outros também estão preocupados com os problemas sociais e ambientais, como Nx Zero, Madonna, Black Eyed Peas e ColdPlay.


Não podemos generalizar dizendo que todos estão acomodados, de braços cruzados diante dos problemas sociais. A música ainda é, e sempre será uma forma de liberdade, expressão e inclusão social.

E mesmo indignados com a música atual, a gente gosta das letras românticas e músicas próprias para consumo. Duvido que pelo menos uma vez você não tenha gostado de cantores com Lady Gaga, Justin Bieber ou qualquer dupla sertaneja por aí. ;)

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