Eu não me contento mais com 50%
de você. Talvez você seja mais otimista e consiga enxergar o copo meio cheio;
mas eu já sou mais dramático e quero mais do que metade de você.
Queria poder te encontrar nos
corredores da faculdade, estudando na biblioteca, ir com você no cinema
assistir a um filme chato numa sessão de terça-feira à tarde, ir ao McDonalds
de madrugada.
Queria ver seu quarto
bagunçado, deitar na sua cama e conversar sobre o melhor tipo de colchão, ver o
livro que você tá lendo jogado em algum canto e ver você concentrado num texto
sobre semiologia enquanto eu insisto em falar sobre o capítulo de ontem de
alguma novela.
Queria ver os arranhões do seu
celular (sim, porque todo celular tem arranhões), que música toca quando você
recebe uma mensagem, entrar na internet e torrar seus créditos, ver como você
escreveria o meu nome na sua lista de contatos.
Saber o nome do seu perfume não
tem muita graça: o bom é sentir durante um abraço; perceber qual o shampoo que
você usa, se usa creme para as mãos (urgh!), se rói as unhas e como penteia
seus cabelos.
E ouvir a sua voz. O som da sua
voz.
Metade de você já não me
satisfaz. Mas tudo acontecerá naturalmente. Eu já aprendi que o inesperado, o
não-planejado é muito mais divertido.
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