Me tire daqui. Não quero mais continuar nesse lugar,
limitado por essas quatro paredes brancas, dentro desse corpo. Quero deixar que
os sonhos me guiem pelo asfalto sujo; não quero caminhos pré-definidos e vou
deixar que minhas sandálias gastas apenas...
sigam. Quero me perder por uma estrada sem-fim antes que eu me perca dentro de
mim; quero que meus olhos vejam mais do que as rachaduras na parede ou as teias
de aranha no teto; quero você no meu lado. Já estou na beira de um precipício desenhado dentro da minha
cabeça; e ele me puxa. Forte. Essa é uma última tentativa de clamar por ajuda: tudo
isso aqui é como um pesadelo que me ata à cama e prende o meu grito na
garganta. Segure minha mão. Me segure firme e me tire daqui. Me liberte
dessas correntes invisíveis e me leve para o seu mundo cheio de cor, texturas,
violino e sorriso. Me ajude a voar antes que eu desista de aprender e salte
sozinho para dentro do abismo.
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