terça-feira, 31 de maio de 2011

Cena do crime

Trecho do meu romance [ainda] não publicado "Os Segredos de Constantine Ville".


"Eu ainda estava muito longe da hospedaria e a chuvinha fina caía sobre as ruas de terra de Constantine Ville. (...)


Continuei andando pelas vielas mal iluminadas. A névoa que pairava sobre o chão piorava a minha visão que já estava comprometida por causa da chuva que embaçava meus óculos.


Eu comecei a sentir muito frio e cruzei os meus braços sobre o peito para me aquecer. Ouvi um barulho de passos atrás de mim. Virei-me.


Só vi a neblina entre os prédios de madeira e ouvi os insetos noturnos.


Continuei andando. Estava numa ruela que era cercada de prédios grandes e que impedia a luz da lua de me guiar. De passos em passos eu olhava para trás para me certificar de que ninguém me seguia. Não sei o que provocou essa minha repentina mania de perseguição! Talvez fosse aquela sensação de sufocamento entre aqueles prédios altos e decrépitos.



Parei com outro barulho. Olhei para trás. Vi uma sombra se afastando para dentro de um beco. Respirei fundo e criei coragem para investigar, mas logo um gato preto apareceu como que para mostrar quem era o dono da sombra.


Voltei-me para meu caminho. Vi uma silhueta entre a névoa.
Eu só conseguia ver o corpo coberto de sombras. Era grande, tinha ombros largos e braços compridos. Estava com as pernas entreabertas e os braços postos pronto para uma luta. Eu conseguia perceber sua respiração ofegante, sua raiva saindo de suas narinas.


Começou a andar em minha direção. Seus pés pisavam forte no barro da rua. Minhas pernas tremiam de medo e excitamento e eu não consegui me mover um centímetro se quer. Tinha a estranha sensação de que me coração tremia junto com o resto do meu corpo e a adrenalina, como uma droga, corria pelo meu sangue no ritmo acelerado dos meus batimentos.


Num espaço entre os prédios, onde a luz da lua alcançava o chão eu consegui ver o rosto de Bob. Ele estava sujo de barro e sangue e seus olhos me olhavam com ódio puro.


Sem a minha vontade, os meus olhos se encheram de lágrimas de medo.


— Assassino — ele começou baixo, soltando mais ar do que som. — Assassino! Seu assassino desgraçado. — Ele já estava gritando. — Seu desgraçado.


Não conseguia entender o porquê daquele ódio tão grande que Bob sentia pelo meu irmão. Sim, pois, com certeza, ele estava falando de Simon. (...)


— Bob, você está sendo precipitado...


— Cale essa sua boca imunda!


— Eu não sou quem você está pensando.


— Barker, eu já te disse que você pode enganar todos dessa cidade. Menos a mim.


Eu me afastei alguns passos e a luz também alcançava meu rosto. Era como num palco escuro e os holofotes nos dois protagonistas.


— Eu nunca vou esquecer-me do que você fez à minha família.


— Eu sinceramente não sei...


— Você matou a minha irmã! — Ele gritou. — Você matou a minha irmã e vem com essa sua inocência ensaiada para tentar me enrolar. Você é um grande filho da puta. E depois da minha irmã, o meu pai acabou morrendo. Morrendo de tristeza. Ele acabou como se estivesse apodrecendo, secando dia após dia. — Ele riu irônico. — Dessa você não sabia, não é, Barker? O Dr. Harrison morreu.


Dr. Harrison? Eu me lembro desse nome. (...)


— E eu te esperei durante todos esses anos para te ver de novo. E torci para que você voltasse bem para que eu pudesse desfrutar até a última gota da minha doce vingança.


— Nós precisamos conversar com calma, Bob. Eu não sou o Simon. Meu nome é David. Eu sou o irmão do Simon.


— Pare! — ele gritou. — Economize suas mentiras para quem ainda acredita em você.


— Eu estou te dizendo...


— Você só trouxe infelicidade pra todos desde quando você colocou os pés aqui. Você não merece viver. E eu serei o justiceiro. Eu vou acabar com você e com o seu cúmplice!


— Cúmplice? Eu não estou entendendo...


Ele abriu um longo sorriso e ouviu-se um tiro. Eu senti o impacto do tiro e o forte cheiro de pólvora. Meu coração parara de bater.


Eu olhei pra frente e Bob estava com as mãos vazias e com uma expressão de incompreensão no seu rosto. Aquele sorriso tinha se esvaído junto com o barulho do disparo. Sangue jorrava de um buraco no seu peito.


Eu tremia incontrolavelmente.


— Bob — eu murmurei com dificuldade.


Mais dois disparos seguidos. Meu corpo tinha ficado paralisado com o barulho ecoando por aquele corredor de prédios. Meus ouvidos estavam praticamente surdos e meus olhos quase não enxergavam com chuva, névoa, suor e lágrimas.


E Bob caiu ajoelhado diante de mim, com os braços abertos e com a boca escancarada procurando por ar. Ele cuspiu sangue e caiu com o rosto na terra molhada.


Eu olhei na direção de onde tinha vindo os disparos e vi alguém. Uma pessoa no meio das sombras com chapéu e capa pretos. Dava pra ver a arma na sua mão direita. Saía fumaça.


O meu primeiro instinto — e eu tive certeza de que a minha razão não controlava os meus instintos — foi correr em direção ao autor do disparo. Ele sumiu por uma esquina e as minhas pernas foram correndo desobedecendo aos meus desejos.


Era como se eu estivesse num sonho. As imagens passando no meu lado, borradas, e eu seguindo um assassino.


Fui seguindo os passos daquela criatura desconhecida. A sua capa preta era sempre a primeira coisa que eu via quando ele dobrava por uma esquina. (...)


Naquela corrida alucinada eu tropecei numa pedra e caí com o rosto no barro. Tive algumas escoriações no braço e no joelho, mas naquela hora eu não percebi nada. Eu estava num estado de torpor. Fiquei ali, jogado no chão, com a roupa suja e com os nervos em frangalhos.
Vi o dono da capa virar mais uma esquina, mas eu não consegui me mover.


Depois de um tempo, consegui respirar fundo e me levantar. Precisava voltar para Bob. Ele precisava de ajuda médica. Independente da sua obsessão em me matar, eu era um médico e a ajuda a um necessitado vinha antes de tudo.


Segui pelo caminho tortuoso de casas e prédios até chegar perto de onde Bob estava debruçado. Ouvi um burburinho e me escondi atrás de uma casa para observar.


Havia alguns homens reunidos em volta do corpo de Bob. (...)


Eu ouvi um fragmento de conversa:


— Ele está morto, mesmo.


— E ele estava procurando pelo Barker... — Havia uma insinuação nessa frase.


Meu Deus! Eu seria muito ingênuo se pensasse que o povo de Constantine Ville não atribuiria o assassinato de Bob a mim.


Eu precisava de um álibi."

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Ana




Ana...


Acho que eu nunca pensei em tantos clichês para escrever um texto, mas... você nunca poderá ser descrita por lugares-comuns. Você é única!


Eu poderia fazer um histórico emocionante sobre tudo que passamos juntos — quando não nos gostávamos, quando éramos muito chatos para aturar um ao outro, quando você mudou de escola e me deixou abandonado, quando eu tive que controlar o meu ciúme por causa dos seus novos amigos, quando você me pediu em casamento —, mas uma vez você me disse: “Quem vive de passado é museu!” Então, eu resolvi não ligar tanto para o passado; e aí você vê o quanto a sua opinião vale pra mim.


É difícil acreditar que algum dia não estivemos juntos, que algum dia não nos conhecíamos. Passamos por aquela fase de nos odiarmos, da aproximação tímida até chegar a uma amizade sólida. Nossa! Eu acho que isso que temos não é só uma amizade!


Que se dane o que os outros pensam! Não houve maldade no que eu disse: é que... o que eu sinto por você é muito maior que amizade, amor... É algo incategorizável! Se essa palavra não existe no dicionário... juntos, nós podemos criar palavras.


Eu fui te conhecendo aos poucos, naquele estilo “comendo pelas beiradas” e vi a menina/mulher maravilhosa que você é.


Eu te imagino como duas pessoas distintas — o que me faz lembrar que aquela professora disse que você tinha múltiplas personalidades!


A primeira é uma menina. Tão pequenininha, tão carente de proteção. Tem um riso fácil — e largo. Pula em cima de mim quando eu chego e é tão espontânea. E eu me contagio com essa sua naturalidade, que nem um adulto se faz de criança pra entrar na brincadeira. Mas eu não sou nenhum pouco adulto!


Ao lado dessa menina eu não consigo me segurar: é como quando você vê um ursinho de pelúcia e quer apertar! Eu gosto de deitar no seu colo, de mexer no seu cabelo... Engraçado: eu me lembro de momentos que a gente só ficava olhando um pro outro e sorrindo!


E quando essa menina quer, ela vira uma mulher. Um mulherão que transborda desse corpo delicado. Bocão, carão, mulherão, sedução... são tantos ãos! E o seu cheiro... que não é bom de ser lembrado quando você tá longe de mim. Eu gosto de senti-lo direto do seu pescoço.


E as conversas mudam pra coisas mais sérias, como, por exemplo, os segredos revelados naquela noite num bairro ali em frente. E aí eu me permito dançar com essa mulher e fazer questão de que todos saibam: ela é minha! “Tudo isso!” Ficou meio pesado, mas... você diz que eu sou seu! Eu quero que você seja minha também, ora!


Como é que você mexe tanto comigo?


E o legal é que essas duas pessoas — menina e mulher — conseguem coexistir também. A menina não deixa de lado as roupas de mulher e a mulher não deixa a simplicidade e a humildade da menina em casa.


E o mais legal ainda: essa linda... é REAL!




Que saudade que eu tô sentindo! Queria ter você aqui comigo. Claro que a gente vai ir na balada de segunda a segunda, você vai me dar consultoria de moda diariamente e vamos passar horas contemplando as belezas humanas, mas... eu quero um tempo só meu e seu. Só pra eu ficar olhando seu sorriso, que nem esse que tem no porta-retrato da minha mesa, quero te dar uns beliscões e pode pular em mim à vontade!


Cheirosa!


Eu tô parecendo gente falando de você desse jeito tão sério, tão formal... Isso é porque eu tô longe. Perto de você eu só consigo dizer: “Você é uma gracinha! Linda! Fofa! Pára de me seduzir!”


Eu percebi que dizer “pra sempre” é algo muito vago. Quanta gente já não me escreveu que seria meu amigo pra sempre, mas agora eu nem sei onde ele tá?


Mas pode saber que enquanto você me quiser por perto... eu vou estar.

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Sobre segredos, cafés e cigarros

Ele tinha me ligado no dia anterior para marcar a hora e o lugar. Eu saí de casa com um boné, óculos escuros e um sobretudo. Não podia ser reconhecido!

Com as mãos no bolso, eu andava pela rua deserta e o sol, que tinha passado o dia todo escondido atrás de pesadas nuvens, se despedia num pôr-do-sol laranja pálido.

Cheguei ao endereço: um café no porão de um prédio de tijolinhos. Desci as escadas e o cheiro de mofo, café e nicotina encheram meus pulmões. Mergulhei numa atmosfera densa onde eu só podia vislumbrar o brilho dos olhos de alguns homens escondidos debaixo de seus chapéus.

Não posso negar que as minhas pernas tremeram.

Os meus sapatos faziam um barulho estridente no meio daquele burburinho grave enquanto eu caminhava abrindo espaço entre aquela espessa nuvem de fumaça.

As mesas eram separadas por divisórias de madeira cruzadas na diagonal. Não era possível nem ver nem ouvir o que os da mesa ao lado faziam.


Algo como um grunhido fez que eu olhasse pra minha direita e reconhecesse os olhos escuros do homem sentado ali. Ele tomava café e fumava um cigarro nacional. Seu anel no dedo anelar era visível de longe: de ouro com uma pedra vermelha bem esculpida.

Eu me sentei.

— O serviço foi feito?

Não sabia que ele seria tão direto! “Mas”, eu pensei, “ele não estava ali pra brincadeira”.

Eu engoli seco e respondi positivamente com um aceno. Não sei onde eu estava com a cabeça quando pensei que ele fosse dar um sorriso de satisfação.

— Ótimo — foi só o que ele disse. Seco.

Ele, então, abaixou-se e exibiu uma mala surrada e colocou-a sobre a mesa. Minhas mãos começaram a tremer. Como é que ele tinha a coragem de trazer aquilo para aquele lugar tão... ameaçador?

Olhei para os lados e dei com os olhos num olhar maligno. Decidi não mais olhar em volta.

— Aqui está o combinado. E mais um bônus por ser tão ágil. — Ele murmurou.

Ele empurrou a mala na minha direção e eu coloquei o braço sobre ela imaginando o que poderia me acontecer se alguém desconfiasse a quantidade de dinheiro que tinha ali dentro. 
No mínimo, chegaria em casa sem nada. Ou nem chegaria!

— E você me conhece! Se alguma informação vazar pra imprensa... você será responsabilizado. E eu tenho um método muito eficiente para lidar com quem me foi desleal.

Diziam que os seus capangas amarravam o pé dos traidores a uma pedra e jogavam em alto mar.

Mas eu era mais esperto. Segurei-me para que um sorriso largo não aparecesse nos meus lábios. Um dos homens mais poderosos do país, conhecido como um advogado honesto e misericordioso tinha me pagado para dar cabo da vida de um adolescente.

Eu nunca seria capaz de fazer aquilo. A mentira fora muito bem montada. Fugiria para algum lugar no hemisfério Norte e eu já tinha um plano pra que esse corrupto mentiroso me sustentasse para o resto da minha vida.

— Estamos entendidos? — ele disse numa voz mais ameaçadora.

— Claro!

Quando eu virei as costas, dei um sorriso discreto e saí com a cabeça erguida carregado minha pequena fortuna.

sábado, 21 de maio de 2011

Esclarecimentos (des)necessários



Se você me achava retardado... esse vídeo serve para você não ter mais dúvidas!

Eu tentei explicar, mas... do mesmo jeito que eu faço nos textos eu coloquei um monte de ideias embaralhadas no vídeo e ele ficou tão incompreensível como os posts.

A graça tá na ingenuidade do pequeno blogueiro que não sabe editar vídeos.

Mas ficou legal:



E saibam que eu gostei muito da experiência. Foi trabalhoso, mas muito divertido de fazer.

terça-feira, 17 de maio de 2011

Hoje em dia...

Já faz quase uma semana que o Felipe Eller, o Criativo Compulsivo, me deu a dica de escrever esse post. Só que eu tava meio tenso com uma prova, então... demorei um pouquinho.

E vai ser ótimo também: tô sem um pingo de criatividade e o blog não pode ficar com teias de aranha.

Então, o negócio funciona assim: eu escrevo sobre o que eu tô fazendo atualmente. Deu pra enteder? Se não deu, leia sem dá.

O que ando assistindo:

Todos que me conhecem sabem o quanto eu sou noveleiro. Eu gostava de seguir todas, mas aí as coisas foram mudando, mudando... até que o único horário bom pra assistir novela é às 9. Então, eu tô super ligado em "Insensato Coração". Só pra se ter uma noção, o dia do encontro do Léo com a Norma, eu quase morri. Quem não assiste a novela não sabe o que eu tô falando, mas... esquece!

E parece que o meu corpo dispara um alerta às 9: a novela tá começando! Corre!



Uma coisa que eu tinha muita curiosidade para assistir é "Glee". Primeiro, eu não tinha Fox em casa e, segundo, não tinha paciência - nem Internet rápida - pra baixar episódios. Mas agora... eu posso assistir toda quarta-feira. Depois da novela.

Eu sou apaixonado por musicais e adoro as performances dos atores. Pena que o programa termina às 11 da noite, porque senão eu ia ligar o som ali de fora e dançar loucamente. Chuta que é macumba!


Por influência do Felipe Eller eu também comecei a assistir ao "Misfits", um bando de delinquentes (tadinhos!) que ganham super poderes. Também tô amando "Divã" com a Lília Cabral, mas eu fiquei sabendo que só serão 8 episódios (TODOS CHORA!). E antes de "Divã" eu assisto "Tapas e Beijos": eu choro de rir.

Último filme que assisti e gostei bastante:

Eu tô morrendo de vontade de ir ao cinema, mas nenhum filme me interessa por esses dias. Então, eu fiquei muito tempo sem assistir alguma coisa.

Semana passada, eu tive que assistir "Gladiador" na faculdade.


Mesmo o filme tendo ganhado Oscar e tudo mais eu não esperava muito dele, não. É porque, mesmo eu fazendo História, eu nunca entendo filmes históricos; eu não gosto de filme com lutas; e também não queria assistir um filme que nem "300"! Aff!

Mas a história é muito bem explicada e as lutas são só um ingrediente. É um filme de vingança e eu nunca me empolguei tanto como eu me empolguei com o beijo e a morte no final do filme. Que lindo!

O que ando escutando:

Eu gosto muito de música brasileira, mas atualmente eu tô na minha fase internacional.

Tô gostando de ouvir Bruno Mars, mas principalmente Talking to the moon, que é tema de um casal de "Insensato Coração". Tá vendo? Eu sou noveleiro demais.

Eu também tô gostando tanto de um menininho de 13 anos! Eu nunca pensei que eu gostar dessas modinhas... Se bem que o Greyson Chance nem é tão modinha assim. Eu também já postei um vídeo dele soltando o vozeirão em Waiting Outside the Lines.

A última música que grudou na minha cabeça... Não, espere um pouco. Preciso dizer uma coisa antes: EU NÃO GOSTO DA LADY GAGA. Quero que isso fique bem claro.

Continuando...

A última música que grudou na minha cabeça foi "Born this Way". Mas eu DETESTO a interpretação da Lady Gaga. Eu gostei da letra da música. Só. Então, eu acho algum cover por aí, como foi o caso da Maria Aragon, que também já foi postado no blog. Essa semana, então, eu descobri uma nova dupla cantando essa música: Tyler Ward e Alex G. Não conheço nenhum dos dois, mas eu curti a voz deles. É uma gracinha! :]

Olha aí:


O que ando comendo:

Eu nunca tinha pensado realmente nisso. É claro que teve épocas que invoquei com aquele chocolate Talento, depois fiquei viciado em jujuba, mas... hoje em dia eu como principalmente a comida do bandejão lá da UFU. Nossa! É bom demais. E, por causa do RU (Restaurante Universitário) eu tô começando a comer frutas. Olha que beleza!

Mas nessa minha fase de saudades de casa eu também sempre tô comprando uma Nikito. Será que alguém conhece essa bolacha? Eu não comprava dessa bolacha nos supermercados da minha cidade... eu comprava no barzinho da escola. Dá uma saudade de quando eu comprava uma Nikito e só comia uma por causa de tantos amigos ao meu redor pedindo uma. A propósito, enquanto nos supermercados encontra-se Nikito de R$0,89, na minha escola era R$1,30. Assalto a mão desarmada!

O que ando lendo:

Eu acho que a última vez que eu li por minha livre e espontânea vontade foi em março. E isso me faz sofrer. ]:

Eu tô morrendo de vontade de ler alguma coisa gostosa, sabe? Comprar uns livros, mesmo que eu não tenha lido todos que eu tenho.

Mas duas semanas atrás, enquanto eu viajava, resolvi começar a reler "O Símbolo Perdido". Faz um ano e alguns meses que eu li esse livro, me lembro de tudo, mas... Ai, credo! Queria que o Dan Brown lançasse um livro por ano. Eu tô na página cinquenta desde então.


Eu também comecei a ler "Hamlet" do Shakespeare, mas parei na metade.

O que ando vestindo:

Eu acho que eu nunca me preocupei tanto com minhas roupas como eu tô fazendo. Arranjar uma combinação legal todos os dias pra ir pra faculdade não é fácil. Cansa a minha beleza. [Que horror!]

Agora falando sério: eu tô nas mesmas bermudas xadrez de sempre. Mas deixei o meu preconceito com calças jeans e estou adorando voltar a usar. Também tô gostando de comprar camisa de gola V. A minha irmã disse que combina comigo porque eu tenho o mesmo corpo do Fiuk. Como assim?


Olha aí a gola. Eu comecei discreto, né! Não queria usar aquelas golas que vão quase até no umbigo logo de cara. Nem nunca!

Ah, não achei nenhuma foto recente com as minhas roupas recentes que valha a pena.

O que ando pensando:

Esses dias eu concluí o quanto eu sempre estive preso no pensamento de passado e futuro.

Antes o passado me fazia sofrer e o futuro era promissor. Hoje, o passado me dá uma saudade boa e o futuro... Gente, eu nem lembro do futuro!

Eu acho que por isso eu estou tão feliz. Eu estou vivendo o presente. Olha que lindo! E é agora que eu tô tendo problemas reais. Tava cansado dos meus problemas imaginários.



Também cheguei a conclusão de que eu fui responsável demais na minha adolescência. Eu fui adulto na hora que eu podia errar à vontade. Agora, que eu preciso criar a minha independência, eu quero ser adolescente.

Mas eu nunca pensei que ser adolescente fosse tão divertido.

Em quem ando pensando:

Em uma pessoa que passa por mim todos os dias. Os nossos olhos se cruzam tão rápido. Eu me pego olhando pr'aquele rosto e aqueles olhos que me olhavam, desviam na mesma hora.

Eu disse: eu tô muito adolescente. Mas eu vou me deixar levar pelas minhas paixões juvenis. Eu tô gostando [Risos].

O que vou fazer:

Como eu já disse, eu vou viver o presente, porque olhar pro futuro... é tenso.

Vou criar jeito e começar a trabalhar. E isso me faz lembrar que eu vou ter que deixar a novela [Choro].

E, nas férias, quando eu tiver todo o tempo do mundo, eu vou ler um livro daqueles ótimos.


Então, eu agradeço ao Felipe pela dica, viu? Seu fofo.

E quem já leu até aqui... deixa um comentário pelo amor de Deus. Demorei um tempão pra fazer esse post.

Até mais.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Eu não entendo: fones de ouvido

Nos últimos tempos, eu tenho visto muitas pessoas com fones de ouvido, principalmente, dentro do ônibus [como sempre].

Na verdade, eu venho pensando sobre esses fones de ouvido há algum tempo, mas hoje eu vi um cara passando a maior dificuldade em ficar em pé no ônibus em movimento por que ele usava apenas uma das mãos para se segurar, já que com a outra ele segurava o celular, e voltei para casa pensando: Por que as pessoas gostam tanto dos fones de ouvido?

Eu, particularmente, gosto de ouvir música no sossego do meu quarto. Claro que eu tenho minhas preferências, mas eu ouço de tudo. Coloco baixinho pra poder ouvir mais do que a letra da música, mas o trabalho de voz do cantor; ouvir os instrumentos, os efeitos, os solos... E isso é impossível de se fazer num ônibus em movimento.


Outra coisa que eu pensava era: que tipo de música eles ouvem nos seus celulares? A minha pergunta foi respondida na semana passada quando um cara ligou o celular SEM o fone. Que sofrimento! A vilenagem — ou fubá — mandando, hein!

O cara começou com um Fernando e Sorocaba: “Teus Segredos”. Só que assim: no último volume. Aquela beleza, né!

Aí, acabou. Eu pensei: “Agora é outro sertanejo, né”! Não, meu caro Watson. Começou a tocar “Thriller” do Michael Jackson! Óh, Senhor! A música é ótima, mas imaginem o cara segurando um celular perto do ouvido, tocando a música dos zumbis na maior altura e TODOS no ônibus escutando. Eu, que tava perto dele, me segurei pra não rir.

Michael Jackson durou um tempinho bom, né! Aí, eu já fiquei curioso pra saber a próxima música da Playlist. Que desgraça!


“Super-Man ficou fraco,
O Pingüim jogou kriptonitaLex Luthor e Coringa roubou laço da Mulher Maravilha”.

Imagina a minha cara de feliz com essa música dos infernos tocando bem na hora que eu tava voltando cansado pra casa! E pra completar: que tipo de pessoa ouve esse tipo de música no fone de ouvido? Pessoas malucas!

Se eu ouvir essa música num fone de ouvido no volume máximo o meu cérebro pega fogo!

Eu, por exemplo, não tinha fone de ouvido. Resolvi comprar um — que me deu muita raiva até funcionar — e conectei no meu celular enquanto voltava pra casa no ônibus. Nossa Senhora: cheguei em casa com a cabeça DESSE tamanho!

Pois é!

Fones de ouvido: eu também não entendo.

domingo, 8 de maio de 2011

Amor materno!


Há algum tempo, essa música era só mais uma no meio de tantas outras. Mas hoje em dia... ela faz todo o sentido.

No dia em que eu saí de casa
Minha mãe me disse: "Filho, vem cá."
Passou a mão em meus cabelos
Olhou em meus olhos
Começou falar:
"Por onde você for eu sigo
Com meus pensamentos
Seja onde estiver.
Em minhas orações eu vou pedir a Deus
Que ilumine os passos seus."

Eu sei que ela nunca compreendeu
Os meus motivos de sair de lá
Mas ela sabe que depois que cresce
O filho vira passarinho e quer voar.
Eu bem queria continuar ali
Mas o destino quis me contrariar
E o olhar de minha mãe, na porta,
Eu deixei chorando a me abençoar.

A minha mãe naquele dia
Me falou do mundo como ele é.
Parece que ela conhecia
Cada pedra que eu iria pôr no pé.
Sempre ao lado do meu pai,
Da pequena cidade,
Ela jamais saiu.
Ela me disse assim:
"Meu filho, vá com Deus,
Que esse mundo inteiro é seu."




Eu sei que minha mãe não lê o meu blog, mas:

Mãe, a senhora é a pessoa mais importante na minha vida. O único amor que eu acredito é o da senhora, do meu pai e dos meus irmãos.

Eu já tive amigos que se distanciaram, mas vocês eu tenho certeza que vão estar sempre do meu lado me apoiando. E pela senhora eu seria capaz de enfrentar qualquer pessoa pra te defender.

A maior parte do meu coração é de vocês.



O nosso cérebro é doido!

Eu recebi um e-mail com essa mensagem há muito tempo e, fuçando na minha caixa de mensagens, eu a redescobri. :D

E, como todas as bobagens que eu encontro na Internet, eu resolvi colocar essa no blog também.

É legal!

- O nosso cérebro é doido !!! -
De aorcdo com uma peqsiusa

de uma uinrvesriddae ignlsea,

não ipomtra em qaul odrem as

Lteras de uma plravaa etãso,
a úncia csioa iprotmatne é que

a piremria e útmlia Lteras etejasm

no lgaur crteo. O rseto pdoe ser

uma bçguana ttaol, que vcoê

anida pdoe ler sem pobrlmea.

Itso é poqrue nós não lmeos

cdaa Ltera isladoa, mas a plravaa

cmoo um tdoo.

Sohw de bloa.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Waiting outside the lines


Hey, guys! Eu tô aqui mais uma vez pra compartilhar com vocês uma de minhas descobertas da Internet: Greyson Chance. Algumas pessoas podem pensar: "Nossa, mas como você é atrasado. O Greyson já faz sucesso desde o ano passado!"

Por isso, eu disse "uma de MINHAS descobertas".

O garoto tem 13 anos e eu já achei manchetes dizendo que ele é o novo Justin Bieber. Mas fiquem despreocupados: a única semelhança é o cabelo penteado de lado.

Greyson Chance foi encontrado no YouTube depois de postar um vídeo cantando "Paparazzi" da Lady Gaga. Depois de uma apresentação no programa "The Ellen DeGeneres Show" [fico impressionado com a criatividade dos americanos nas escolhas dos nomes dos seus talk-shows], Ellen disse que abriria uma gravadora e que Greyson Chance seria seu primeiro projeto.

Greyson gravou o álbum "TBA" e está com a turnê "Waiting 4 U Tour" e ele já lançou dois singles: "Light Up the Dark" e "Waiting outside the lines", que está no vídeo abaixo.

Eu pensei em colocar o vídeo do Greyson cantando "Paparazzi" ou "Empire State of Mind", da Alicia Keys, mas eu achei melhor colocar o vídeo que ele canta uma música do seu álbum.

Eu fiquei impressionado com sua interpretação. Ele é um instrumentista simples (3 anos de aulas), mas consegue fazer um efeito bem legal na música. Além disso, a voz desse menino é incrível, e no Wikipedia diz que ele nunca teve treinamento vocal. Tá certo!

A versão abaixo é só piano e voz, mas existe outra versão pra download no 4shared. Mas o acústico é muito mais bonito!

Aproveitem.


[Eu sei que música é um assunto do meu outro blog, mas... não resisti.]

terça-feira, 3 de maio de 2011

Olha o vexame!

(Natasha ligou para Doraci chamando-a para ir a um bar. Natasha tinha acabado de descobrir uma traição do seu marido, Afonso. Doraci tinha acabado de chegar ao bar e viu Natasha possessa).

DORACI: Pra que você me chamou aqui, Natasha? Aqui não é um bar para solteiros como da última vez, não, né?

NATASHA: Não! Fique sossegada. Hoje eu chamei você aqui pra gente afogar as mágoas. (grita) Garçom, dois chopes pra gente!

DORACI: Olha, Natasha, não é por nada, não, mas... é que eu acabei de sair do serviço e tô morta de cansaço. O David tá me esperando em casa...

NATASHA: Danem-se os homens!

DORACI: Você tá bebendo desde quando, Natasha? Você não tá muito normal, não, viu?

NATASHA: (aumentando a voz) Os homens não valem nada. Todos são farinha do mesmo saco sujo de bosta.

DORACI: Olha o vexame, Natasha.

NATASHA: (gritando) EU TÔ POUCO ME LIXANDO.

DORACI: Fazendo isso, você está escrevendo chifruda na sua testa. Você não precisa disso: você é linda, poderosa, independente... Esquece esse traste.

(Natasha levanta-se da mesa.)

NATASHA: Estou me sentindo muito melhor. Vem comigo.

(Natasha puxou Doraci para um lugar mais afastado, lá no fundo do bar).

DORACI: O que estamos fazendo aqui? É a porta do banheiro.

NATASHA: Aprendi isso num livro de auto-ajuda que eu li. Se não está encontrando ninguém na pista, vá para a porta do banheiro e agarre o primeiro que sair.

DORACI: Você enlouqueceu? Eu já te falei que o David tem muitos amigos e eles podem me reconhecer. O que vão pensar de mim...

NATASHA: Eu vou dar pro primeiro que sair por essa porta. Eu prometo.

(David sai do banheiro).

DORACI: David?

DAVID: Doraci? Natasha?

NATASHA: (para Doraci) Desculpa, amiga, mas foi uma promessa. (Ela se jogou nos braços de David) E o David é até... sexy.

DAVID: O que é isso, meu Deus? Essa mulher tá maluca.

DORACI: Sai daí, Natasha. Olha o vexame!

NATASHA: Vem cá, gostoso! (Deu-lhe um beijo na boca).

ALGUÉM: Natasha?

(O beijo termina e Natasha vira-se pro lado e vê Afonso).

AFONSO: David? Eu esperava isso da Natasha, mas não de você!

NATASHA: E ele beija melhor que você (mostra o dedo do meio para Afonso e volta a agarrar David).

DORACI: (puxando Natasha pelos ombros) Separa, Natasha! Larga o meu marido antes que eu te meta a mão na cara. Anda! Solta! Eu vou jogar água fria pra separar.

(O beijo termina mais uma vez e Natasha está aos prantos).

NATASHA: EU SOU UMA VAGABUNDA! (Todos no bar estão olhando para ela). EU NÃO VALHO UM TOSTÃO FURADO.

DAVID: Concordo plenamente!

DORACI: David!

NATASHA: (para Afonso) Me perdoa, amor?

AFONSO: Não sei se devo.

DORACI: Que não sabe se deve! Oh, Natasha! Ele te traiu primeiro.

DAVID: Doraci!

NATASHA: É mesmo! Vagabundo, sem vergonha, salafrário, filho da...

DORACI: Natasha!

AFONSO: Querida, eu estou disposto a te perdoar se você me aceitar de volta.

NATASHA: E a sua amante? Ela não tem ciúmes?

AFONSO: Não existe amante nenhuma, querida. É intriga da oposição.

NATASHA: Quem me garante?

AFONSO: O David pode confirmar.

DAVID: Eu não! Em briga de marido e mulher ninguém mete a colher.

NATASHA: Tá certo, então, Afonso! Mas essa é a última vez.

DAVID: (cochichando para Doraci) Ela falou isso da outra vez.

AFONSO: Eu sabia que você não consegue viver sem mim.

NATASHA: Pode ir parando por aqui. Senão você vai dormir no sofá.

(Os dois casais estão dentro do carro. Afonso está dirigindo).

NATASHA: Eu tava pensando aqui comigo, Afonso. O que você quis dizer quando falou pro David: “Eu esperava isso da Natasha, mas não de você”?

DORACI: Eu acho que pode deixar a gente aqui, Afonso.