terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Uma década singular

Há dez anos muitos pensavam que o mundo terminaria na virada do século e eu não tinha nem noção do que era o mundo — na verdade, até hoje eu não tenho. Mas, quem diria, já completamos uma década do terceiro milênio com mais uma ideia de que o mundo vai acabar. Quem sabe…

E o ano termina, e com ele termina nossas frustrações do ano que passou, nossas desavenças com os nossos amigos. Parece que tudo volta ao normal. E outro começa logo no dia seguinte; e junto vem a promessa de mudanças, sempre mudanças: vou emagrecer, vou entrar numa academia, vou estudar mais, vou acabar com os meus vícios… Mas, pense: não é a primeira vez que pensamos que tudo ia mudar.

O ano de 2010 não marca apenas mais um ano, mas uma nova década e aí, esperamos mudanças muito maiores: vou mudar para minha casa própria, vou abrir meu próprio negócio, vou terminar minha faculdade… Ótimo, só na teoria, mas na prática, o dia 31 de dezembro e o dia 1 de janeiro são idênticos.

Essa última década — como todos falam de todas as décadas —, foi um período de transição. Da completa ignorância dos anos 1990 para a realidade na nossa cara nos anos 2010: a Internet não era a principal forma de comunicação, poucos tinham a ideia de que o mundo poderia mesmo acabar por causa da ação do homem, ninguém tinha noção da crueldade a qual o ser humano foi capaz de chegar…

A década do Lula, o ataque ao Wall Trade Center, a guerra no Iraque, tsunami no Oriente Médio, rajadas de vento no sul do Brasil, o primeiro presidente negro dos Estados Unidos… Uma década que nunca mais vamos esquecer.

Se for para sonhar alto, então, que sonhemos: vamos fazer a nossa parte, vamos procurar os de coração bom e trazer para perto de nós e vamos agir para mudar o mundo. Se não for possível mudar o Mundo, o Planeta, que mude o seu mundo. Sim, vamos sonhar com nossa casa própria, com nosso carro, com nosso negócio. Vamos sonhar com um mundo melhor para todos que ainda virão.

E vamos parar de reclamar de braços cruzados. Sentados no sofá, indignados, mas calados, diante dos absurdos que acontecem no nosso país. É como se, às vezes, fechássemos os olhos e deixasse tudo como está. Talvez não seja coincidência que as eleições serão no primeiro ano da década. É um aviso de que chegou a hora de agir.

E vamos rir mais. Rir faz bem pra saúde, faz bem pra pele, faz bem pro coração e pra alma, e na próxima década vamos ter muitos motivos para sorrir: a Copa do Mundo de 2010, na África do Sul, de onde esperamos o hexa; a Copa do Mundo de 2014, no Brasil; o avanço nas pesquisas do pré-sal; as Olimpíadas do Rio de Janeiro, em 2016; mais uma década de vida, que já é o maior motivo para sorrirmos.

Vamos acordar para a realidade que está na nossa frente e vamos fazer com que a nova década não seja uma década de transição e, sim, uma década de realização.

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